‘Estou pronto para a luta e conto com o carinho de vocês’ Reynaldo Gianecchini.
Saiba o que é Linfoma Não-Hogkin que atinge o ator Reynaldo Gianecchini, que está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, recebeu diagnóstico inicial de linfoma, um câncer que atinge os gânglios linfáticos. O ator tem um linfoma do tipo não-Hodgkin. As informações são da assessoria de imprensa do hospital. Gianecchini, que tem 38 anos, está internado há uma semana. Segundo o jornal ‘Folha de S. Paulo’, ele teria contado aos amigos sobre o diagnóstico por email.
Linfoma Não-Hodgkin
Por: Dr. Ricardo Bigni
Serviço de Hematologia
Hospital do Câncer I / INCA
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Linfomas são neoplasias malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções.Os Linfomas Não-Hodgkin incluem mais de 20 tipos diferentes. O número de casos praticamente duplicou nos últimos 25 anos, particularmente entre pessoas acima de 60 anos por razões ainda não esclarecidas.
Com base na média das taxas brutas encontradas nos 17 Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) do Brasil que possuem mais de 3 anos de informações consolidadas, estima-se que haverá aproximadamente 4.900 casos nos homens e 4.200 casos novos em mulheres no Brasil em 2009. Fatores de Risco • Sistema imune comprometido – Pessoas com deficiência de imunidade, em conseqüência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma; • Exposição Química – Os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença; • Exposição a altas doses de radiação. Prevenção Sintomas Diagnóstico Biópsia Durante a biópsia, é retirada pequena porção de tecido (em geral linfonodos) para análise em laboratório de anatomia patológica. Há vários tipos de biópsia, incluindo os seguintes: • Biópsia excisional ou incisional – através de uma incisão na pele, retira-se o linfonodo por inteiro (excisional) ou uma pequena parte do tecido acometido (incisional). É considerado o padrão de qualidade para o diagnóstico dos linfomas; • Punção aspirativa por agulha fina – retira-se pequena porção de tecido por aspiração através de agulha; • Biópsia e aspiração de medula óssea – retira-se pequena amostra da medula óssea (biópsia) ou do sangue da medula óssea (aspiração) através de uma agulha. Este exame é necessário para definir se a doença estende-se também à medula óssea, informação importante que pode ter implicações no tratamento a ser empregado; • Punção lombar – retira-se pequena porção do líquido cerebroespinhal (líquor), que banha o cérebro e a medula espinhal (não confundir com medula óssea). Esse procedimento determina se o sistema nervoso central foi atingido; Exames de Imagem Estes exames são usados para determinar a localização dos sítios acometidos pela doença • Radiografias de tórax – podem detectar tumores no tórax e pulmões; • Tomografia Computadorizada – visualiza internamente os segmentos do corpo por vários ângulos, permitindo imagens detalhadas; • Ressonância Nuclear Magnética (RNM) – também produz imagens detalhadas dos segmentos corporais; • Cintigrafia com Gálio – uma substância radioativa que, ao ser injetada no corpo, concentra-se principalmente em locais comprometidos pelo tumor. Uma câmera especial permite ver onde o material radioativo se acumulou, e determinar o quanto se disseminou a doença. Estudos Celulares Junto com biópsias e exames de imagem, são utilizados alguns testes que ajudam a determinar características específicas das células nos tecidos biopsiados, incluindo anormalidades citogenéticas tais como rearranjos nos cromossomos, comuns nos linfomas. Esses testes permitem também realizar estudos de receptores para antígenos específicos nas células linfomatosas, que servem tanto para definir a origem celular, como também para estimar o prognóstico do paciente. Estes testes incluem: • Imunohistoquímica – anticorpos são utilizados para distinguir entre tipos de células cancerosas; • Estudos de Citogenética – determinam alterações no cromossomos das células; • Citometria de Fluxo – as células preparadas na amostra são passadas através de um feixe de laser para análise; • Estudos de Genética Molecular (Biologia Molecular) – testes altamente sensíveis com DNA e RNA para determinar alterações genéticas específicas nas células cancerosas. Classificação Os Linfomas Não-Hodgkin são agrupados de acordo com o tipo de célula linfóide, se linfócitos B ou T. Também são considerados tamanho, forma e padrão de apresentação na microscopia. Para tornar a classificação mais fácil, os linfomas podem ser divididos em dois grandes grupos: indolentes e agressivos. Os linfomas indolentes têm um crescimento relativamente lento. Os pacientes podem apresentar-se com poucos sintomas por vários anos, mesmo após o diagnóstico. Entretanto, a cura nestes casos é menos provável do que nos pacientes com formas agressivas de linfoma. Esses últimos podem levar rapidamente ao óbito se não tratados, mas, em geral, são mais curáveis. Os linfomas indolentes correspondem aproximadamente a 40% dos diagnósticos, e os agressivos, aos 60% restantes. Estadiamento Tratamento A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de Linfoma Não-Hodgkin. A radioterapia é usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas relacionados ao tumor, ou também para consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certos sítios no organismo mais propensos à recaída. Para linfomas com maior risco de invasão do sistema nervoso (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva, consistindo de injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal. Naqueles pacientes que já têm envolvimento do sistema nervoso no diagnóstico, ou desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos; entretanto, as injeções de drogas no líquido cérebro-espinhal são feitas com maior freqüência. Imunoterapias, particularmente interferon, anticorpos monoclonais, citoquinas e vacinas tumorais estão sendo submetidos a estudos clínicos para determinar sua eficácia nos Linfomas Não-Hodgkin. Para algumas formas específicas de linfoma, um dos anticorpos monoclonais já desenvolvidos, denominado Rituximab, mostra resultados bastante satisfatórios, principalmente quando associada à quimioterapia. No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento podem ir desde apenas observação clínica sem início do tratamento, até tratamentos bastante intensivos, dependendo da indicação mais adequada. |
Fonte: INCA
Olá…
Eu quero saber como é realizado o tratamento fisioterapêutico em pacientes portadores do câncer linfoma.
Se puder me ajudar agradeço.