A cantora Wanessa Camargo esteve em Fortaleza no último sábado, 30, para show na boate Lancelot. Ela trouxe repertório dedicado ao pop, deixando de lado completamente seu último álbum, o sertanejo 33 (2017).
Wanessa subiu ao palco às 2 horas da madrugada, abrindo a noite com “Amor, Amor” e colou cover de “Gasolina” (Daddy Yankee) na sequência. Ela revisitou quase toda sua discografia, com exceção também de Total (2007) e ênfase nas canções mais conhecidas do público.
No set, músicas como “Não me leve a mal”, “Apaixonada por você”, “Não resisto a nós dois”, “O Amor não deixa” e covers dos clássicos da música pop brasileira “Menina Veneno” (Ritchie) e “Perigosa” (As Frenéticas). Destaque mesmo ganhou o álbum DNA (2011), no qual a cantora assume seu lugar nas pistas com as faixas em inglês: “DNA”, “Stuck on Repeat”, “Worth It” e “Sticky Dough”, além de “Shine It On”.
Em algumas performances, era acompanhada por duas dançarinas e um balé confuso, por vezes desnecessário. A banda se resumia a um guitarrista e aparelhagem eletrônica, com bases vocais para garantir apoio à voz rouca. Carismática e ciente do seu lugar no palco, conversou com os fãs e ainda dedicou uma das músicas a um amigo/fã que cometeu suicídio: “Prestem atenção e escutem quem está do seu lado”.
“Mulher-Gato”, mais recente lançamento, foi a última faixa antes do bis e estabeleceu o que só a cantora parecia não saber ainda. É preciso entender que suas raízes são, de forma prática, seu público. Não um gênero musical. Esteja esse público-alvo em boates voltadas aos LGBTI ou não. Fugir disso é, como diria Molejo, cilada.