A torcida falou em forma de vaias, de novo, na derrota para o Mogi Mirim por 3×2. Não restou outra alternativa ao torcedor que foi ao Castelão. Neste sábado, 18914 pagantes – bom público apesar dos ingressos bem baratos de 10 e 5 reais – viram o Ceará voltar a jogar mal na Série B e conhecer a sua oitava derrota em 14 jogos na competição. Lanterna isolada, a equipe tem uma vitória e cinco empates, rendimento pavoroso de menos de 20% dos pontos disputados.
A situação está bem complicada, difícil demais. O sistema defensivo da equipe, que parecia melhor acertado desde a chegada de Geninho, errou tudo o que podia neste sábado. O Mogi Mirim teve mérito nos três gols que fez, evidente, mas as falhas coletivas e individuais do alvinegro foram alarmantes, apesar de não serem novidade. E nem vale a pena indicar um ou outro como responsável. A culpa é dividida.
Outro detalhe: os jogadores do Ceará estavam muito intranquilos, mais uma vez. Não há qualquer sintoma de serenidade. Esse fator somado ao problema técnico grave do elenco é a equação da derrota O time do interior de São Paulo, que teve 50% de posse de bola, nem atacou tanto, mas quando fazia levou muito perigo. Foram apenas sete finalizações para marcar os gols. Já o Ceará arrematou 22 vezes, o triplo do adversário, mas em 16 vezes a bola nem acertou o gol.
Ricardinho fez os dois gols do Ceará, único elemento lúcido da equipe, mas sozinho ninguém joga. Agora faltam 24 partidas para a campanha e a conta segue a mesma, como já coloquei em textos anteriores. O time precisa de 12 ou 13 vitórias. Agora são oito pontos distante do primeiro time fora da zona do rebaixamento.