É nítido que os três primeiros jogos do Campeonato Cearense serviram para muito pouco do ponto de vista da equipe ideal que o alvinegro terá nos momentos relevantes da temporada. Ter vencido os três jogos e nada pouco importa. Até aqui o primeiro tempo do amistoso contra o Flamengo foi mais importante neste quesito.
As principais contratações ainda estão em fase de preparação e os esquemas táticos usados não guardam relação com o que o Ceará tem de melhor para montar.
Lisca tem alguns desafios importantes que logo deverão ser encarados. Começando no ataque, é possível montar um time que tenha Rafael Costa e Bill atuando juntos? Ou é melhor apostar no esquema espelho do ano passado, com dois jogadores de lado de campo (Alex Amado e Serginho, por exemplo) e apenas um centroavante? Assisinho, Siloé e Caio César terão chance?
No meio-campo criativo, Guilherme Biteco, Zezinho e Emanuel Biancucchi brigam, em tese, por uma vaga apenas. E na frente da zaga? A manutenção de dois volantes com pouca qualidade na saída de bola – João Marcos e Baraka – será fundamental? Richardson chegou bem como aquele terceiro homem fazendo dupla função.
Defensivamente Sandro ainda enfrenta problemas, mas é titular de Lisca. O instável Cametá terá concorrência para valer de Robertinho? O menino Sanchez será o dono da lateral esquerda ou Fernandinho usa a experiência para dominar a posição? No gol, Éverson é uma das poucas certezas.
Por enquanto, o que resta ao torcedor é olhar o elenco e projetar a melhor escalação pensando com a sua cabeça e tentando ler os recados de Lisca. Assunto não vai faltar.