Por André Victor Rodrigues
A situação se construía favorável ao Ceará em Juiz de Fora na noite de sexta-feira. Diante do último colocado da Série B do Campeonato Brasileiro, o Tupi-MG, a equipe comandada pelo técnico Sérgio Soares vinha de boa sequência – invicto há seis jogos – e bem mais organizado do que os anfitriões. E de fato até o Vovô começou na frente do marcador. Mas, por incompetência ao tentar administrar a vitória, sofreu a virada. Perdeu por 2 a 1 e, com isso, deixou passar a oportunidade de ficar na liderança da Segundona.
Na etapa inicial, o Alvinegro conseguiu encontrar durante bons minutos uma postura interessante fora de casa. Buscou manter mais a bola no pé e investir nas ligações rápidas ao ataque. A primeira delas foi a mais eficiente: Richardson tocou para Wescley marcar um bonito gol e abrir o placar.
O domínio da partida passou a ser do Ceará com o 1 a 0. Mas com a superioridade também vieram sequências de chances de gol não aproveitadas. Especialmente pelos pés de Felipe e Bill. A punição caiu sobre o clube de Porangabuçu aos 27 minutos, quando o Tupi aproveitou espaços deixados pela marcação alvinegra e empatou o jogo com Rodolfo Mol.
Mesmo com pouco recurso técnico e postura tática humilde, os donos da casa voltaram pressionando no segundo tempo. E o Vovô acanhou-se num jogo onde poderia exercer com autoridade o papel ofensivo, de time mais qualificado para a vitória. Aos 41 minutos, Marcos Serrato chutou de fora da área e conquistou a virada. Não houve mais tempo para reação.
Era a oportunidade perfeita para o Ceará buscar uma evolução na campanha fora de casa. Mas, ao contrário do contexto ideal, o time quebrou o ritmo de empates para deixar de pontuar num jogo que os três pontos eram importantes pelo histórico destoante entre os adversários.
Os alvinegros cearenses voltam a campo na Série B no dia 16 de julho, às 16 horas, contra o Criciúma no Castelão. Em terceiro lugar com 27 pontos, o Ceará deve encarar a derrota desta sexta-feira como uma lição de como ainda precisa evoluir no equilíbrio ao longo de 90 minutos. Não basta chegar às redes. É preciso consistência para evitar reviravoltas e assegurar mais pontos na luta pelo acesso.