Seriam 14 dias de intervalo do jogo contra o Vasco para a partida contra o Paysandu, mas o time de Belém solicitou mudança na tabela e foi atendido pela CBF. Assim, o Ceará ficará até 20 de agosto sem atuar, quando finalmente entrará em campo fora de casa, na Curuzu, pela 20a. rodada da Série B. Uma parada rara de 18 dias.
A interrupção tem sido muito criticada e virou motivo de preocupação para torcedores. Não vejo assim. Primeiro porque esses quatro ou cinco dias de folga geral para o elenco servem para a resolução de aspectos pessoais e de busca de tranquilidade.
É também chance da comissão técnica deixar o elenco treinado taticamente, com alternativas plurais, para um campeonato de 19 jogos – o returno todo da Série B – em que o objetivo é fazer pelo menos 30 pontos, ou seja, campanha inferior ao que realizou na primeira metade da competição.
Outro aspecto fundamental é preparar o elenco para uma maratona de partidas. Observando a tabela pós parada é fácil verificar que será insana, com oito jogos em cerca de um mês, sem tempo de treinamento adequado. É esse período que considero fundamental para saber se a equipe estará na trilha do acesso, como agora.
Sérgio Soares e companhia têm, portanto, uma grande oportunidade de trabalho sem pressão e sem jogos. É o melhor dos mundos para quem vive reclamando do excesso de jogos. Um período que, bem aproveitado, será aliado na ótima campanha de 35 pontos no turno e que jamais poderá ser usado como desculpa em caso de insucesso.