Da mesma forma do que as críticas, elogios devem ser medidos com tranquilidade nos primeiros jogos da temporada. Vale para qualquer time, em qualquer lugar no planeta.

No caso do Ceará ainda há o fato do adversário, o Maranguape, ter se recusado a atacar, o que deixou o sistema defensivo bastante confortável na vitória por 2 a 0, nesta quarta-feira, primeiros três pontos do clube em 2017.

Ainda diante deste cenário, foi positiva a estreia do Ceará no estadual, notadamente na organização tática da equipe. Gilmar Dal Pozzo optou por uma formação com uma linha tradicional de quatro zagueiros, dois meio-campistas com mais obrigação de marcação –   Caucaia e Richardson – e Felipe Menezes com mais liberdade. Na frente, dois jogadores claramente abertos pelos lados – Baggio e Lelê – e Magno Alves como centroavante, apesar de não ser a sua melhor posição.

A postura de preenchimento de espaços do alvinegro – e aí independe do adversário – foi o ponto alto. Ficou evidente que o pouco tempo de treinamento já serviu para que os jogadores compreendessem as orientações do treinador, algo que servirá de base para toda a temporada, mesmo que o esquema sofra modificações.

Individualmente, Romário deu a impressão de ser uma solução para a lateral esquerdo do alvinegro. A criatividade ficou com Felipe Menezes, que sabe jogar bola, mas precisa agregar dinamismo e velocidade. Já no ataque, Lelê teve boa presença e Magno Alves, com a bola nos pés, ainda é um atleta diferente.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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