(atualização às 12:40)
As semelhanças entre Ceará e Fortaleza seguem firmes na temporada e nesta quarta-feira as eliminações no primeiro jogo da Copa do Brasil para equipes com muito menos estrutura e condição financeira foram incluídas no saldo negativo de 2017.
Se já não bastasse o futebol ruim neste começo de temporada, a falta de paciência dos torcedores com as comissões técnicas e elencos (um evidente exagero, insisto), as vaias constantes nos jogos, a baixa presença de público nos estádios, a indignação contra os dirigentes, agora os rivais deixam para trás a possibilidade de uma boa arrecadação com a competição.
Hemerson Maria não resistiu e já deixou de ser técnico do Fortaleza. Nada mais óbvio diante das circunstâncias. Se a torcida tricolor dará uma trégua para voltar a apoiar o elenco é a questão a ser respondida a seguir.
Gilmar Dal Pozzo também não é mais técnico do Ceará. Ele foi ameaçado “cara a cara” por torcedores na chegada ao Aeroporto Pinto Martins nesta madrugada, numa cena constrangedora, sem agressão física, mas bastante violenta, e que poderia ter sido evitada se a diretoria alvinegra tivesse tomado os cuidados necessários. Os jogadores também foram pressionados, mas não ameaçados como o treinador.
Já faz um bom tempo que as maiores comemorações dos torcedores de Fortaleza e Ceará são os fracassos alheios. E comemorar o mau desempenho do rival é absolutamente necessário. Sem isso não existe rivalidade e não existe futebol.
O problema é quando isso passa a ser a principal alegria da temporada.