Ter conduzido o Fortaleza para a Série B do Campeonato Brasileiro não foi suficiente para a permanência de Antonio Carlos Zago no clube, como antecipou reportagem do O POVO na quarta-feira.
A decisão é natural e obedece a uma lógica tradicional de mercado: salário e projeto. O treinador optou – e tem direito – por ganhar bem mais em Caxias do Sul – foram várias propostas enviadas pelo Juventude, sempre melhorando as condições – onde tem uma história de acesso também da Série C para a Série B em 2016.
O Fortaleza queria bastante a sua permanência, situação claríssima e por motivos óbvios, mas também age com correção e adequação quando não faz nenhuma loucura financeira para tanto. Fez a proposta e aguardou. O altíssimo custo do elenco em 2017 foi uma lição que não pode ser esquecida.
Zago sempre terá o mérito do acesso por ter conseguido organizar minimamente uma equipe com muitos problemas técnicos, mas está longe de ser insubstituível. Sua visão de futebol é absolutamente comum, sem inovação.
Ao Fortaleza cabe encontrar um treinador que aceite as condições do clube e isso não será difícil: disputar a Série B abre um leque bem mais relevante para um profissional do que competir pela Série C.