Como em qualquer campeonato, no Brasil em especial, equipes são prejudicadas e beneficiadas por equívocos de arbitragem. No regulamento de pontos corridos a tendência é de diluição de erros e acertos. Assim, na maioria das vezes, as agremiações ocupam exatamente os lugares na tabela onde deveriam estar.
Nesta terça-feira, no Castelão, o Ceará voltou a cometer erros defensivos. Tomou dois gols do Guarani (Bruno Nazário e Diego Jussani), fez outros dois (Rafael Pereira e Magno Alves) e da mesma forma que poderia ter feito mais, poderia ter sofrido mais. Ocorre que o erro da arbitragem que anulou um gol legal de Richardson contaminou de forma gravíssima o resultado da partida. Era final de jogo, placar 2 a 2, Guarani com um jogador a menos.
Não foi um lance difícil, rápido ou que tenha causado dúvida por mínima distância da linha de impedimento. Pelo contrário. Dois jogadores do time de Campinas davam ampla condição para o volante alvinegro pegar o rebote e balançar as redes. Foi o que ele fez, mas o tento foi anulado de forma bizarra.
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Em relação ao jogo, muita entrega das duas equipes. Especificamente no lado do Ceará, faltou organização tática no sistema defensivo. O time deixou espaços ao Guarani com bola rolando – especialmente entre o meio-campo e a zaga na primeira etapa – e voltou a falhar em cobrança de escanteio.
No ataque o time foi melhor. Marcou dois gols (ou três, levando em conta o anulado de forma equivocada), além de ter criado pelo menos mais quatro oportunidades reais durante a partida.
Com 59 pontos e ainda com três de vantagem sobre o Oeste, quinto colocado, o Ceará agora tem mais quatro jogos para conseguir o acesso. A rodada não foi ruim porque os dois pontos que o Ceará perdeu acabaram minimizados justamente pelo empate do Oeste jogando em casa contra o Figueirense, além do empate do Vila Nova contra o Santa Cruz e derrota do Paraná para o Brasil.