Costumeiramente avesso a entrevistas em estúdios de TV, Magno Alves esteve em dois programas nesta terça-feira: Trem Bala, da TVC e TV O POVO e A Grande Jogada, da TV Diário.
O objetivo, legítimo e estratégico, era apenas um: apelar para a torcida, usando a audiência das atrações, para que o Ceará decida por sua renovação de contrato ou não.
A diretoria do Ceará a a comissão técnica liderada por Marcelo Chamusca entendem que Magno Alves não tem capacidade para ajudar na Série A do Campeonato Brasileiro, avaliação também legítima diante do nível de exigência da competição.
Uma possibilidade seria a renovação do seu contrato para os quatro primeiros meses do ano, com redução salarial de R$ 40 para R$ 20 mil mensais. O jogador só aceita renovação por um ano. Seu empresário já fez a pedida: R$ 50 mil reais mensais, ou seja, R$ 600 mil por ano.
Ao pressionar o clube usando a imprensa, Magno Alves deseja colocar a torcida a seu favor, pressionando a diretoria, colocando como argumentos seus números e história, além de falar em desrespeito por não ter sido relacionado por Chamusca em vários jogos da campanha vitoriosa do acesso para a Série A.
Não sei se a estratégia vai funcionar, mas entendo que R$ 600 mil por ano para um reserva, numa temporada em que estará na Série A, é dinheiro demais para o Ceará gastar. Além disso, a postura de Magno neste momento deixa claro que o atleta é possível foco de insatisfação, situação que não compensa para o clube.
Também entendo que pela história de Magno no clube, é preciso deixar claro os motivos para sua eventual não renovação e, sim, buscar reconhecer o que ele fez com homenagens e sensibilidade, caso seja viável, especialmente agora.