Vitória por 1 a 0 garante Ceará 100% na Copa do Nordeste. (Foto: Lucas Moraes/Cearasc.Com)

Os quatro desfalques (Luiz Otávio, Ernandes, Andrigo e Elton) antes mesmo da bola rolar já indicavam que o Ceará entraria em campo bem diferente para encarar o CSA. Apesar das mudanças, os substitutos estiveram bem e surpreendentemente garantiram maior segurança no setor defensivo, ponto mais criticado do time até então, mas que mostrou evolução individual e coletiva.

A vitória do Ceará não foi brilhante, mas foi muito importante pra acabar com uma cobrança exagerada que já pairava Porangabuçu pelos últimos três jogos sem vitórias. Se não fez uma grande partida tecnicamente, o time do técnico Marcelo Chamusca mostrou evolução em alguns conceitos, sobretudo no aspecto defensivo.

Patrick e Valdo fizeram jogo seguro. Rafael Carioca não comprometeu do lado esquerdo e Pio foi mais produtivo na lateral direita que Renato e Leandro Silva já haviam sido em todos os jogos anteriores. Por opção de Chamusca, os dois laterais de origem ficaram no banco para o camisa 30, que deu assistência para o gol de Arthur (a sua 2ª no ano), que por sua vez mostrou o sempre bom senso de posicionamento para marcar seu 3º gol e se juntar a Andrigo na artilharia da equipe.

O primeiro tempo foi bom para o Vovô, que mostrou mais intensidade, controlou o jogo e não deixou o CSA ameaçar.

O time alagoano marcava em duas linhas de quatro com dois jogadores mais avançados, mas linhas distantes. Richardson (que fez seu jogo 100 e foi um dos melhores em campo) fazia a transição sempre com opções de passe.

Na saída de bola, o Ceará alternava do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1. Richardson era encarregado pela saída de bola e sempre tinha opções. (Foto: Esporte Interativo)

Subindo as linhas de marcação, o Ceará dificultava a saída de bola do adversário. O 1º tempo foi todo assim.

O time alagoano se via apertado e a alternativa era o lançamento longo. Logo o Ceará recuperava a bola. (Foto: Esporte Interativo)

Teve ainda compactação entre as linhas, que estiveram bem postadas, com boa recuperação e equilíbrio na fase defensiva, conseguindo dificultar progressões e finalizações do CSA, que pouco ameaçou.

A prova da melhor organização defensiva: linhas mais juntas e entrega coletiva. Ceará “diminuía o campo” e encurtava espaços do CSA. (Foto: Esporte Interativo)

Na segunda etapa, o time alagoano voltou com nova postura. Mais intensidade e maior volume, criando mais ameaças a Everson, mas nenhuma de maior contundência.

O Alvinegro novamente sentiu a parte física (o que é normal com menos de um mês de preparação), mas evoluiu também nesse aspecto e controlou o resultado, muito importante por garantir agora maior confiança e tranquilidade para Marcelo Chamusca e sua comissão técnica às vésperas do Clássico-Rei do próximo domingo, 4. Antes, tem o Uniclinic, quinta-feira, 1, no Castelão.

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André Almeida

É jornalista, repórter do Jornal O POVO e comentarista do Futebol do Povo. Análise baseada em fatos, estatísticas, scouts, números, esquemas e comportamentos táticos. Futebol é isso.

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