Artilheiro do Fortaleza com oito gols em 2018, Gustavo já havia marcado um tento na vitória que se desenhava diante do Floresta, no sábado que passou, no Castelão, oitava rodada do Campeonato Cearense. Quando surgiu o pênalti, o atacante resolveu que ele próprio bateria. Do banco, Rogério Ceni pediu para que Bruno Melo cobrasse, mas não adiantou. O jogador cobrou e perdeu.

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É legítimo Gustavo querer aumentar suas marcas pessoais e lutar por isso, mas não desta forma. Jamais objetivos individuais devem ser maiores do que os coletivos. O futebol já ensinou isso centenas de vezes, com lições duras para os derrotados. O jogador descumpriu determinação da comissão técnica e desrespeitou um companheiro extremamente bem preparado para a função. Tudo abertamente, colocando um bom ambiente em risco.

A atitude desnecessária de Gustavo só não teve repercussão pior em função de três fatores: a maturidade e a humildade gigante de Bruno Melo, algo que precisa ser valorizado porque retrata o espírito coletivo ideal; Rogério Ceni ter se controlado para não falar o que pensou abertamente na coletiva – claramente o fará na reapresentação com o grupo fechado – e o fato do time ter ganhado jogando um bom futebol no segundo tempo.

Com 19 gols no Campeonato Cearense e 18 pontos somados, o Tricolor lidera a competição após oito rodadas e está classificado, assim como outros cinco clubes, para a segunda fase.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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