Da Série D, quando foi protagonista do acesso do Ferroviário para a Série C, para a Série A em questões de dias, atuando pelo Ceará. Carregada de desconfiança por todos os lados – imprensa, torcedores, dirigentes e o próprio Lisca – o desempenho do jogador em duas partidas pelo Ceará já não deixa dúvidas que a aposta na contratação do atleta foi um acerto de Robinson de Castro e Marcelo Segurado, presidente e gerente de futebol do clube, respectivamente.
Depois de atuar algum tempo no futebol cearense, Juninho, que não nasceu em Quixadá, foi para o Bragantino. Em pouco mais de um ano (2010 e 2011), jogou bem no interior de São Paulo e chamou atenção do Ludogorets, da Bulgária. Por lá, mais de 50 gols, 10 títulos e boas atuações em cerca de 200 partidas. De volta ao Brasil, encontrou oportunidade no Ferroviário e quem o acompanhou desde fevereiro viu um atleta fazendo a diferença, fundamental para o sucesso do clube em 2018.
Quando surgiu o interesse do Ceará, as desconfianças apareceram, mas Juninho respondeu com elegância, dentro e fora de campo. Um tapa com luva de pelica muito bem dado em quem não acreditava no potencial do jogador pelos mais diversos motivos, incluindo preconceitos sem cabimento.
Suas ótimas e decisivas atuações contra Fluminense e Paraná – ótima movimentação, bola na trave contra o Flu, gol diante do Paraná, obediência tática e criatividade – já transformaram o jogador em protagonista da reação do Ceará, que ainda tem um longo caminho para tentar se manter na Série A em 2019. Contra o Santos, na quarta-feira que vem, no PV, o caminho continua.
Em tempo: o local de nascimento do jogador é Senador Pompeu, mas aos quatro anos foi para Quixadá e, assim, se considera quixadaense.