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Porque eu devo votar em candidatos pró-LGBT?

 Se houve um tempo terrível na história humanidade, foi quando política e religião andavam de mãos dadas. Se você fosse gay, negro, pobre, mulher ou qualquer outra minoria, era vetado de direitos.

Em sua atual construção política o Brasil já começa a tomar rumos parecidos, política e religião juntas, com homens que colocam a bíblia acima de tudo, inclusive da constituição. Nesse contexto entram as reivindicações LGBT’s que já viraram moeda de troca nos cenários políticos do país.

Em 2013 a PL122 que criminaliza a homofobia, foi mais uma vez barrada. Diversos jornais afirmaram que a decisão tomada pelo governo foi uma medida para não perder o apoio da bancada evangélica, que atualmente soma 220 deputados e 12 senadores (um número assustadoramente expressivo). Nem preciso comentar a indicação do Pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos, uma jogada política pura, esdrúxula e controversa.

Em 2011 tivemos o cancelamento do Programa “Escola Sem Homofobia” do Ministério da Educação. A negociação foi para livrar o ex-ministro Antonio Palocci de uma CPI na Câmara dos Deputados. Com o fim do projeto os evangélicos não chamariam Palocci para depor, engavetando assim uma possível CPI da Educação.

O mais assustador de tudo isso é saber que nessas eleições, o número de candidatos ligados diretamente a entidades evangélicas cresceu mais de 70%, o que leva a acreditar que a tal bancada evangélica pode crescer em 2015 cerca de 30%, tornando mais difícil o debate e a aprovação de direitos básicos da comunidade gay brasileira.

 Homofobia e política

Segundo dados do relatório sobre violência homofóbica do Brasil, se compararmos as denúncias de homofobia, entre os anos de 2011 e 2012, houve um aumento de 166,09%. Esses dados revelam a necessidade urgente de uma pena mais dura contra crimes do tipo, coisa que a bancada evangélica não permite ao barrar a PL122.

Se vivemos em um país laico, onde a religião não exerce poder sobre o estado, é incompreensível algumas das decisões do governo, e se ainda nos resta a democracia, cabe a cada um de nos exercer nosso direito de voto da maneira mais sensata.

Se a política não está por nós, então que Deus nos proteja.

Thiago Silva.

thiagojornalismo@outlook.com