Fortaleza – O veredicto do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) bateu o martelo em todas as partes envolvidas na polêmica sobre as barracas. Todas. Cada uma, do seu modo, trata mal a Praia do Futuro.
Tem martelada para a Prefeitura, que tolera a ocupação abusiva no entorno das barracas por comércio irregular e estacionamentos mal ajambrados. Tem para o Governo do Estado, cuja Polícia é incapaz de garantir segurança pública na praia preferida da Cidade. Tem para as barracas que ocupam mal o espaço.
E sobra também para o Ministério Público Federal pela falta de conexão entre a Ação e a realidade econômica. Os autores da Ação no TRF-5 já avisavam antes que iriam recorrer em Brasília. São determinados.
Sem entrar na letra da Lei e, tampouco, nas entrelinhas dela, o episódio chama a atenção para o quão movediço é o País para quem nele investe. Ao longo dos anos, dezenas de barracas foram abertas ali, recolhendo impostos e pagando taxas federais. Agora viraram ilegais.
Os barraqueiros da Praia do Futuro representam uma âncora privada valorosa para a cidade. Sem eles ali, com seus restaurantes, garçons, cumins, cozinheiros, seguranças, DJs, bandas, fornecedores e, enfim, toda a cadeia que geram, a praia vai sofrer e a cidade perderá uma âncora turística.
Aquela gente pôs dinheiro lá – com aval do Poder Público nas três instâncias – e agora se vê diante da impossibilidade de qualquer alternativa a não ser continuar a brigar. Brigar para tocar seus negócios.
Jocélio,
Irretocável a sua crítica! Um lamento para Fortaleza e para o estado do Ceará!!!
Esse Brasil não tem conserto. Aqui é proibido trabalhar e o judiciário que deveria regular de forma adequada os conflitos de interesses transformou-se na maior instituição destruidora da economia nacional. As barracas da praia do futuro é o cartão de visita da nossa cidade tendo seu espaço ocupado há mais de 50 anos e ao longo desse tempo tendo contribuído para o desenvolvimento daquela área e sustento de imensurável número de famílias oportunizando seus negócios. De uma hora para outra por uma determinação judicial tomada sem o devido cuidado com consequências, inviabiliza Fortaleza no comércio turístico principalmente na ocasião que os esforços para sua amplitude são envidados como oferecer melhor adequação aeroportuária. Estamos mesmo na contramão do mundo e condenados ao eterno subdesenvolvimento. Desde já sentirei saudades da praia do futuro, pois o cearense mesmo, não gosta de praia, gosta de barraca e ver no futuro essa área ocupado por favelas e comandada pela marginalidade já que não existe espaço vazio.
A continuar essa toada, não somente as barracas vão sumir da praia do futuro, mas os frequentadores locais, os turistas e os empregos ou ocupações, principalmente para os habitam aquela região da cidade.
Será q essa decisão chegará aos JEREISSATI c todo o complexo no Porto das dunas? Eu as vezes fico estarrecida como neste país existem sempre 2 pesos e duas medidas. E a UNIÃO vai devolver r$ pago a ela quando era regular?
Oh país p nos dar vergonha!!!Turista paga pouco aki e nós pagamos a conta deles pq somos brasileiros irregulares !
Que se acabem as barracas, empregos, renda, praias, turismo, Fortaleza, Ceará, enfim, que se acabe tudo…..Contanto que sejam alimentados os egos de certos arautos da verdade, da moral e dos bons costumes, encastelados no Ministério Público Federal…..O resto que tome na tarrasqueta!!!
Tem que ocupar de forma legal. O ministério público não quer tirar por tirar. Ocupem o local de forma organizada e com concessão de uso que ninguém sai.
“Aquela gente pôs dinheiro lá – com aval do Poder Público nas três instâncias – e agora se vê diante da impossibilidade de qualquer alternativa a não ser continuar a brigar. Brigar para tocar seus negócios.”
Lá vou eu: do mesmo jeito que puseram dinheiro lá, tiraram muito dinheiro de lá!!!
Não vejo a decisão do TRF como algo calamitoso, pelo contrário, até onde sei são dois anos até a retirada das barracas, tempo suficiente para que o poder público elabore bons projetos de ocupação e urbanização da área, com respeito ao estamento legal pertinente, com efetiva fiscalização para que os atuais abusos não sejam repetidos e todos só terão a ganhar!!!!
Acho que não devemos chamar de barracas o que hoje são restaurantes e parques de diversão.
Não são barracas.
Esse é o Brasil, país onde o transgressor sempre vira vítima. Montaram barracas em espaço público e há anos brigam para não sair e ainda assim são tidos como vítimas. Se o poder público nas suas três instâncias foi omisso por anos, isso não torna a ocupação legítima, só mostra o quão deficiente é a fiscalização. Querem montar um negócio, ganhar dinheiro e gerar emprego, esse último sequer é o motivo principal da ocupação, que invistam e instalem seus negócios em área privada, como qualquer um de nós é obrigado a fazer. E se tem mais gente irregular, isso também não justifica o erro. Uma sugestão, do outro lado da rua tem dezenas de terrenos sem construção, que servem de estacionamento, montem seus negócios lá e deixem a praia para os frequentadores se ganharem, garanto que ninguém deixará de ir à prai porque precisa atravessar a rua para um banho de mar e sol.