Crocobeach:  uma das mais bem estruturadas e agora também tem um hotel na região da Praia do Futuro (Foto: Fco Fontenele- O POVO)

Fortaleza – O veredicto do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) bateu o martelo em todas as partes envolvidas na polêmica sobre as barracas. Todas. Cada uma, do seu modo, trata mal a Praia do Futuro.

Tem martelada para a Prefeitura, que tolera a ocupação abusiva no entorno das barracas por comércio irregular e estacionamentos mal ajambrados. Tem para o Governo do Estado, cuja Polícia é incapaz de garantir segurança pública na praia preferida da Cidade. Tem para as barracas que ocupam mal o espaço.

E sobra também para o Ministério Público Federal pela falta de conexão entre a Ação e a realidade econômica. Os autores da Ação no TRF-5 já avisavam antes que iriam recorrer em Brasília. São determinados.

Sem entrar na letra da Lei e, tampouco, nas entrelinhas dela, o episódio chama a atenção para o quão movediço é o País para quem nele investe. Ao longo dos anos, dezenas de barracas foram abertas ali, recolhendo impostos e pagando taxas federais. Agora viraram ilegais.

Os barraqueiros da Praia do Futuro representam uma âncora privada valorosa para a cidade. Sem eles ali, com seus restaurantes, garçons, cumins, cozinheiros, seguranças, DJs, bandas, fornecedores e, enfim, toda a cadeia que geram, a praia vai sofrer e a cidade perderá uma âncora turística.

Aquela gente pôs dinheiro lá – com aval do Poder Público nas três instâncias – e agora se vê diante da impossibilidade de qualquer alternativa a não ser continuar a brigar. Brigar para tocar seus negócios.

 

 

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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