Fortaleza – “Triste por sair do banco, mas feliz por sair do Governo”. A frase é do ainda presidente do Banco do Nordeste (BNB), Marcos Holanda.
Marcos espera a publicação de sua saída no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 27.
Para o lugar dele deve ser confirmado o diretor financeiro do BNB, Romildo Rolim.
Apesar da crítica direta, Holanda ressalvou já ter tido apoio do senador Eunício Oliveira (PMDB) – presidente do Senado e padrinho de Romildo – como já fora dele. Disse também ter tido apoio do Governo.
Holanda disse ao Blog na noite desta terça-feira, por telefone, acreditar ter cumprido suas promessas de posse.
Holanda cita quatro pontos: Integridade, Inovação, Meritocracia e Resultados.
Na conta da Inovação uma das marcas da gestão, com resistências internas: o projeto Hubine, ambiente a apoiar startups no Nordeste.
Holanda aposta para esta semana – por ironia do destino e do calendário – a publicação da Medida Provisória que trata das novas regras para o FNE, o fundo constitucional que sustenta o BNB.
Ele teve papel importante na MP, a garantir taxa mais barata. Segundo Holanda, houve risco de reversão recente na MP.
Holanda festeja o que define como maior aplicação da história do FNE em 2017- R$ 17 bilhões- cerca de 40% acima de 2016.
O iminente ex-presidente afirma ver o BNB mais respeitado e com funcionários com auto-estima mais alta.
Fazenda
A informação sobre a exoneração de Holanda pegou de surpresa a equipe do ministro Henrique Meirelles. A Fazenda era a única âncora a manter Holanda, à deriva em termos políticos.
O isolamento político vem desde que se distanciou do senador Eunício Oliveira, hoje presidente do Senado e padrinho do provável substituto.