Fortaleza – A Chacina ocorrida em Fortaleza na madrugada deste sábado, com pelo menos 18 mortos, provocou uma nota do Grupo Mulheres do Brasil, organização que reúne empresárias e executivas, dentre as quais a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, a vice-presidente da Mallory, Annete de Castro, e a presidente da rede hotéis Blue Tree, Chieko Aoki. Anette diz que o grupo “está indignado com a tragédia”. O texto da nota diz que “o Ceará virou um mar de sangue”. Forte, com imenso desgaste para o Estado.
A indicação do Grupo é movida pela bandeira da metodologia Apac – já tema de Editorial do O POVO. Em linhas gerais, um trabalho de ressocialização de presos iniciado no Brasil em 1972 e que alega recuperação de até 85% dos presos participantes, contra 20% a 5% do sistema prisional convencional.
A íntegra da Nota:
“QUANTO MAIS PRECISAMOS ESPERAR? QUEREMOS PAZ, QUEREMOS APAC!
O Ceará virou um mar de sangue. A noite de ontem foi marcada por um ato de barbárie com a chacina que vitimou 14 pessoas e deixou feridos no bairro de Cajazeiras em Fortaleza.
Convivemos com uma constante onda de violência em nosso Estado e o que percebemos é que a cadeia e a bala não estão trazendo solução para a redução da violência. Muitos criminosos até perdem suas vidas e a chance de mudança, mas o Crime, permanece incólume!
É preciso alcançar as causas da criminalidade. E um caminho necessário é a recuperação e ressocialização do criminoso, para que de dentro dele nasça o homem de bem, o cidadão.
As Mulheres do Brasil estão empenhadas em apoiar a implantação da metodologia APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), para recuperação de presos. Uma experiência nascida no Brasil, há 45 anos e replicada em 20 países, a qual recupera de 75% a 85% de seus internos, contra 20% a 25% do sistema prisional tradicional.
Queremos mudança de paradigmas. Queremos paz e recuperação! Chega de tanta violência e cadeia sem resultado!
Junte-se a nós!”