General Theophilo discursa ao lado de Tasso e do capitão Wagner (Foto: Alex Gomes- Especial para O POVO)

Fortaleza – A candidatura do general Teophilo ao Governo do Ceará, em ato solitário do senador Tasso Jereissati (PSDB), traz pelo menos três emblemas, para ficar no léxico militar.

1 O general tem como aliado o deputado estadual capitão Wagner (Pros). O oficial emergiu como nome nas trincheiras políticas ao liderar um motim na Polícia Militar do Ceará. Ou seja, o general está ombreado com um ex-amotinado. Mas não parece constrangido. Nem ele e nem o senador Tasso, desde que lançou Wagner à Prefeitura de Fortaleza, há dois anos.

2- Foi o então governador Tasso quem mais bravamente resistiu a movimento semelhante na sua gestão. Em julho de 1997, Tasso determinou, amparado em decisão judicial, a prisão de dois líderes do motim dos policiais civis e militares do Estado, anunciou o rompimento das negociações e a demissão sumária dos amotinados. Medidas que fizeram com que o movimento no Estado perdesse força. O contrário do que veio a fazer Cid Gomes, reforçando um líder da corporação e afrouxando o comando.

3- O senador fez o lançamento da pré-candidatura de Theopilo em plena sede de sua torre empresarial, no coração das empresas nas quais é acionista. Campo inadequado. Aliás, não foi a primeira vez em que o senador fez a intersecção entre a vida pública e privada, uma prudência que sempre lhe foi cara na época de governador. Nos últimos anos, Tasso participou da inauguração de um posto da PF e depois de um posto do Detran no Shopping Iguatemi.

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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