Fortaleza – Acontece nesta quinta-feira (4), o Fórum de Investimento Social Privado em Negócios de Impacto. Será a partir das 8h30min, no auditório Waldyr Diogo, da Fiec, em promoção da empresa In3Citi. O evento traz conteúdos sobre a o modelo de negócios e o contexto dos negócios de impacto, além da apresentação de cases de empresas.
O primeiro painel da manhã é intitulado “O novo papel das empresas na sociedade”. Pretende provocar os empresários em reflexão sobre seus modelos de negócios e os problemas socioambientais enfrentados no Ceará. A proposta é impulsionar alternativas de investimentos que redefinam lucros e propósitos, gerando impacto positivo na sociedade.
No contexto, o desafio do setor privado de transformar seus interesses e fins privados em interesses para fins também públicos. O moderador é o sócio-fundador da In3citi, Haroldo Rodrigues. Participam Erika Sanchez, do Gife; Flávia Pascowitch (Sistema B) e Edgar Barki, da FGVCeen.
No segundo painel, “O que são investimentos privados e negócios de Impacto”, às 9h45min, terá como moderadora Gabriela Valente, da Rio +B. Debatem Ricardo Podval (ICE) e Anna Aranha (Quintessa). Cada um fala por 20 minutos.
A premissa para este segundo painel foi feita por Amit Bhatia, diretor-executivo do Global Steering Group for Impact Investment (GSG), na abertura do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, realizado em São Paulo nos dias 6 e 7 de junho passado.
Já Larry Fink, presidente da BlackRock, maior empresa de investimentos do mundo, gestão de US$ 6 trilhões, na sua carta de 2018, A sense of Purpose, às lideranças das maiores empresas do mundo, disse: “(…) para prosperar ao longo do tempo, as empresas não devem apenas obter um bom desempenho financeiro, mas também assegurar que contribuam positivamente para a sociedade, agregando à sua missão metas claras de impacto socioambiental”.
Cases de Sucesso de Negócios de Impacto no Fórum
AMÊNDOAS DO BRASIL
Fundada em 1992 com sede em Fortaleza, Ceará e hoje uma das principais empresas fornecedoras de castanha de caju do mundo; Tem 566 funcionários . declara-se a primeira indústria do setor a ser certificada pelo selo FSSC 22.000, maior selo de segurança alimentar disponível no mercado; Primeira indústria a obter o selo Non-GMO, que atesta a ausência do uso de transgênicos na fabricação;
AVANTE
www.avante.com.vc
Startup de microcrédito fundada em 2012 com o propósito de prover microcrédito e noções de educação financeira a um público que, geralmente, era desprezado pelos bancos;em 2015, abriram a primeira loja física na favela de Paraisópolis, zona sul da capital paulista; Hoje, a atuação da empresa foca no corpo a corpo, com mais de 150 agentes treinados que oferecem os serviços da startup, locomovendo-se de moto entre 120 municípios do Brasil; 90% dos clientes se concentram no nordeste brasileiro (Pernambuco, Ceará e Maranhão) e os demais 10% em Paraisópolis; os empréstimos variam de R$400 a R$30.000, tendo a média de R$2.600.
MUDA MEU MUNDO
www.facebook.com/mudameumundo/
Fundada em dezembro de 2016, em Fortaleza com o propósito de baratear em até 400% o preço de alimentos orgânicos, beneficiando a agricultura familiar também com capacitação em técnicas agroecológicas; mira no que define como comércio justo, responsabilizando-se pelo escoamento da produção, remunerando os produtores conforme os preços da tabela Ceasa/Pronaf; é o primeiro negócio social do Brasil a atuar em toda cadeia produtiva da alimentação sustentável; cCom 1 ano de existência, a startup ajudava 40 famílias agrícolas a adotar produção sustentável
HAND TALK ME
Fundada em 2012, a startup promove tradução digital e automática para a Língua Brasileira de Sinais, por meio de seu site e de seu aplicativo; a interação é feita por meio de um personagem 3D, Hugo, tornando a comunicação interativa e de fácil compreensão; vencedora de 9 diferentes prêmios, desde projeto mais inovador, passando por melhor projeto de acessibilidade, até mesmo como o melhor App Social do mundo (ONU, 2014);
BANCO PALMAS
www.institutobancopalmas.org/
Começou em 1997, no Conjunto Palmeiras, periferia de Fortaleza, Ceará, trata-se do 1º Banco Comunitário de Desenvolvimento (BCD) do Brasil; o principal foco da iniciativa é o desenvolvimento financeiro local, no intuito de combater as desigualdades e promover a justiça social; hoje a iniciativa de BCD conta com 113 unidades, presentes em 20 estados e 90 municípios brasileiros; nos últimos sete anos, distribuiu mais de R$14 milhões para 5.600 empreendimentos, sendo 84% destes conduzidos por mulheres;