Fortaleza – Na entrevista coletiva que dará na manhã desta sexta-feira, o governador Camilo Santana (PT) apresenta um balanço da gestão fiscal do Ceará de 2018. Terá ao lado os secretários que compõem o Comitê de Gestão Fiscal do Estado (Cogerf). Boas questões que merecem ser tratadas na coletiva. Uma delas diz respeito à conta do custeio dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como a folha de pagamento.

Outra. Um hospital, por exemplo, é um clássico investimento cujo valor em pouco tempo pode ter sua despesa de operação muito maior do que o investimento feito para ser erguido. Por esta razão, há de se questionar se vale a pena fazer mais hospitais. Em que medida o Estado investiu a contento em saneamento básico, sabendo ser este tipo de obra de imensos efeitos positivos para a qualidade de vida das pessoas?

Já se vão quase cinco anos do lançamento da publicação “Benefícios Econômicos da expansão do Saneamento Brasileiro”. Neste estudo, assinado pelo Instituto Trata Brasil e Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), estava claro: entre as diversas áreas que teriam ganho com a atenção ao saneamento estariam a saúde, educação, trabalho e renda, imóveis e turismo.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a PNAD Contínua (IBGE), em Fortaleza, 99,5% dos domicílios tiveram oferta diária de água em 2017, enquanto no Ceará 81,4%. Mas a vergonha escorre. Em 75,6% dos domicílios de Fortaleza o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa ligada à rede. No Ceará, havia esgotamento sanitário em 44,9% dos domicílios.

O Brasil é hoje uma Federação de estados à bancarrota, enquanto o Ceará é um dos poucos a exibir aparente saúde nas contas públicas. Aqui não se atrasa vencimento de servidor desde os anos 1980. O estado é um dos líderes em investimentos públicos no País. Mas, embora não tenha ficado desimportante, já não basta cumprir as obrigações. Exibir números expressivos ao distinto contribuinte fica bem nos títulos e nos discursos, mas a gente quer mais.

Passe pela rua dos Tabajaras, na Praia de Iracema, olhe para aquele Acquário abandonado, vire para o Castelão e mire naquela Arena e naquele Centro de Formação Olímpica (CFO), lembre-se do pavor que tomou o estado de assalto outro dia o Ceará e pare para pensar: as escolhas foram e têm sido as melhores, seja no abatimento de impostos nos combustíveis para as aéreas, seja nas obras, seja na qualidade delas, seja na Segurança? Nosso contrato com Roterdã foi tão bom mesmo? Quais são mesmo nossos indicadores?  Precisamos ser mais exigentes.

WEALTH MANAGEMENT

Um patrimônio do BTG

O banco BTG Pactual reforça o posicionamento no segmento de Wealth Management (gestão de patrimônio) no Brasil com uma série de prêmios. Foi eleito o melhor, em 10 das 12 categorias, do Ranking Anual de Private Banking da revista Euromoney. As premiações concedidas fazem parte dos resultados do “Annual Private Banking and Wealth Management Survey”. Levou o prêmio principal de Best Private Banking Services Overall – Brazil. O ranking é uma análise dos serviços em Private Banking, por região e áreas de atuação, abrangendo mais de 60 países. Dizem medir o alcance e qualidade dos serviços oferecidos, além da expertise da equipe de atendimento. A premiação se soma às conquistas da World Finance e Global Finance, que também elegeram o BTG como melhor banco privado do Brasil.

MEDICINA

Depois de Quixadá e Canindé, porteira fechada

O anúncio de novos cursos de medicina, como as graduações a serem ofertadas pela Estácio em Canindé e Quixadá, no Ceará, e Castanhal, no Pará, se refere a autorizações anteriores à portaria nº 328 de 5 de abril de 2018, do Ministério da Educação. A portaria barrou as aberturas a partir de então. O Ministério suspendeu os protocolos de pedidos de aumento de vagas e de novos editais de chamamento público para autorização de cursos de graduação em Medicina, além de instituir o Grupo de Trabalho para análise e proposição acerca da reorientação da formação médica.

MERCADO IMOBILIÁRIO

Céu de Daniel

Um céu desanuviado não está, mas nem se compara aos piores e mais tenebrosos dias vividos em cenário recente. Daniel Otoch Simões, diretor da J. Simões, por exemplo, tem seis áreas compradas e quatro projetos na beira da pista para lançar. Todos no conceito smart house, que ele posiciona acima do Coliving (áreas privativas menores e áreas com serviços comuns), mas segue, em linhas gerais, o mesmo conceito. Na terça, em um cinema do Iguatemi, ele apresenta o primeiro J. Smart.

 

HORIZONTAIS

Demorou – A B3 decidiu excluir as ações da Vale da carteira do seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A decisão é válida a partir de 12 de fevereiro. Treze 13 dias depois do caso Brumadinho.

Quem assume – Com a saída de Roseane Medeiros para a Sedet, o novo presidente do Conselho de Relações Internacionais da Fiec será Rômulo Alexandre Soares. O presidente Beto Studart anunciou.

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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