Leio no adNews que a apresentadora Ana Paula Padrão assinou contrato para apresentar o telejornal da Record, deixando o SBT, onde passou quatro anos após deixar a Globo. Até aí tudo bem, são mudanças normais na vida de um profissional. O que me chamou a atenção foi a justificativa que ela deu para voltar a apresentar um telejornal diário, motivo que a levou a sair da Globo. A jornalista disse o seguinte:
“Nós íamos [ela e o marido Walter Mundell] a um restaurante, por exemplo, e o garçom perguntava quando eu ia voltar a apresentar jornal. Íamos à feira, a mesma coisa… Um dia, o Walter parou e disse: ‘Ana, escuta, isso é o mercado te chamando, dizendo que quer você de volta’. E ele tinha razão. Eu vi que tinha motivos para voltar: o mercado pediu”.
Já não bastasse o “mercado” ser uma espécide de divindidade no noticiário econômico – lançando seus raios do Olimpo: ora ficando “nervoso”, por vezes “agitado”, outras ainda ralhando com autoridades quando tomam alguma decisão que ele não gosta -, agora passa a comandar diretamente na vida das pessoas ou, pelo menos, a de Ana Paula Padrão.
Mas, de qualquer modo, o “mercado” ainda está precisando de intercessores para agir: no caso, os bispos da Record.

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