“Hoje é muito complicado investir. Para abrir uma empresa tem que saber se não há nenhum osso embaixo”.

Palavras do sr. Atnônio Balhmann, presidente da Adece [Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará] ao responder a uma pergunta em reunião que ele participou na Fiec [Federação das Indústrias do Ceará], na terça-feira.

Ele respondia a um questionamento sobre o porquê da demora da construção da refinaria e  da sidrúrgica, que deverão ser instaladas no porto do Pecém.

Mas o que tem a ver a citação que ele fez a “ossos” ao responder a pergunta? Lendo a matéria publicada hoje no O POVO – Solução para o estaleiro deve sair em até 6 meses – ficar-se-á sabendo que a referência desrespeitosa remete à reivindicação indígena de que, no local onde passaria uma estrada, haveria um antigo cemitério de seus antepassados, o que obrigou à construção de um desvio.

Vamos admitir que pode haver algum exagero na reivindicação indígena, mas isso é forma de um agente do Estado se referir a uma comunidade étnica?

O sr. Balhman é a mesma pessoa que quer, por fina [e bruta], força iniciar as obras do estaleiro no Titanzinho a todo custo.

Pode-se esperar diálogo de quem se comporta dessa forma?