O número de pessoas que leem o mesmo exemplar de jornal aumentou 7,5% nos últimos três anos, revela pesquisa com 0s 25 principais jornais dos Estados Unidos.

Em 2007, o número de leitores por exemplar era de 3,07 adultos por exemplar, número que subiu para 3,30 leitores por unidade no ano passado. O estudo é da Scarborough Research em parceria com a Newspaper National Network LP (NNN).

De acordo com a pesquisa, é o número de leitores – e não a circulação – é que melhor fornece informação qualitativa sobre adultos que leem jornal, como demografia, estilo de vida e hábitos de consumo.

Outro dado do estudo mostra  que o número de leitores cai a um ritmo mais lento do que a circulação. [Informações do jornal Folha de S. Paulo [edição de 20/4/2010]

Comentário

É verdadeiro que o número de leitores sempre é maior do que o número da tiragem de um jornal. É normal, em todo o mundo, que um exemplar seja lido por várias pessoas. O jornal é partilhado na família, entre amigos e no trabalho.

No entanto, os institutos verificadores de circulação sempre se apegaram ao número de exemplares vendidos. A pesquisa sobre quanitdade de leitores sempre fica sob a responsabilidade de cada jornal, que quer saber o real número de pessoas que o leem.

Com a redução do número de exemplares vendidos, situação que se verifica com mais intensidade nos Estados Unidos e Europa, talvez esteja se buscando uma nova fórmula de estabelecer a real circulação dos jornais – do qual depende o seu prestígio e o volume de publicidade que recebe.

Não seria errado, pelo contrário – aponta uma situação mais próxima da realidade – mas não foi o usual até hoje.

Número de leitores por exemplar de jornal aumenta 7,5% nos EUA

[Folha de S. Paulo, edição de 20/4/2010 – Reprodução na íntegra]

O número de pessoas que leem o mesmo exemplar de jornal aumentou 7,5% nos últimos três anos, revela estudo conduzido nos Estados Unidos com 25 dos principais jornais do país. E o motivo não foi a crise, já que o mesmo estudo mostra que os leitores de jornais impressos têm maior poder aquisitivo e são mais escolarizados do que o público em geral.

O estudo foi realizado pela Scarborough Research em parceria com a Newspaper National Network LP (NNN) e mostra que o número de leitores por exemplar subiu de 3,07 adultos em 2007 para 3,30 leitores por unidade no ano passado. “Mais pessoas estão lendo cada exemplar impresso, e isso ressalta o valor do jornal como mídia para se anunciar e aumenta a exposição dos anunciantes”, disse Gary Meo, vice-presidente sênior para serviços de mídia digital e impressa da Scarborough Research, em um comunicado.

De acordo com o estudo, é o número de leitores, e não a circulação, que melhor fornece informação qualitativa sobre adultos que leem jornal, como demografia, estilo de vida e hábitos de consumo.

Em uma análise demográfica sobre os leitores de jornais, o estudo constatou que a renda média anual das famílias que leem jornais em 25 regiões selecionadas é de US$ 72.300 -12% acima da média geral, de US$ 64.500. Os leitores de jornais têm 16% a mais de chance de terem cursado faculdade do que o resto dos adultos. E têm 11% a mais de probabilidade de serem donos de um imóvel. As 25 regiões foram selecionadas dentro do critério DMA (área de mercado designada, da sigla em inglês), usado para medir audiência de televisão.

Outro dado do estudo é que, apesar de existir uma correlação entre o número de leitores e a tiragem dos jornais, que ao longo do tempo tem se deslocado na mesma direção, o número de leitores cai a um ritmo mais lento do que a circulação.

“Isso sugere que os esforços dos publishers de se livrar de publicações deficitárias ou improdutivas tem sido bem-sucedido”, diz o comunicado divulgado ontem pela Scarborough.

“NYT” no Twitter

Outra boa notícia para os jornais são os efeitos do Twitter. Ao testar a ferramenta, um desenvolvedor de tecnologia do “New York Times” detectou que a popularidade do jornal na rede de microblogs está em alta. A cada quatro segundos, alguém posta no Twitter um link para um texto do site do “NYT”. O levantamento foi feito com o Twitter Streaming API, aplicativo usado por desenvolvedores. (MARIANA BARBOSA)