"O Diabomotivo": Estudos para um Totem da cultura

No fim de semana, ilustração e texto de Hélio Rôla par vocês.

«O poder, refinadamente aparelhado pelo saber lança, para o controle de tudo e de todos, toda sua força – sem contrapoderes? – contra o mundo num jogo em que o saber sempre fica de fora. Que jogo seria esse e por que o saber estaria sempre fora dele? Einstein sugeriu a feitura da bomba e depois se arrependeu… Mas, a bomba foi feita e duas delas foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki matando e milhares de pessoas de todas as idades, na hora… Louis Fieser, um criativo químico Harvardiano, por sua vez, ficou surpreso ao saber em 1966? que o exército americano já tinha lançado sobre o povo vietnamita mais de 100 mil toneladas de “Napalm”, uma invenção sua dos anos 40, matando literalmente queimados milhares de civis inocentes, sem contar com a vida vegetal e animal ao largo, sem que ele tivesse conhecimento disso. É o que se diz.* …Mas, por que o saber, o poder em sua essência, fica sempre de fora do jogo do poder? O melhor, me parece, é perguntar ao sociólogo Auguste Comte, é bem possível que ele nos instrua sobre “la raison d’être” dessa curiosa indigência.» [* The Social Responsibility of the scientist p.82 Edited by Martin Brown (1971) The Free Press New York]

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