Por indicação da estudante de Jornalismo Marina Solon (@marinaasolon) cheguei a este vídeo, do programa “Em Pauta” (20/9/2011), da Globo News, no qual o repórter Caco Barcelos, fala de sua “preocupação com esse momento da imprensa brasileira”, pois ele vê [e existe e é grande] diferença entre jornalismo investigativo e jornalismo feito a partir de “declarações de determinada fonte”.

Investigativo, investigação

No Brasil – digo eu – se confunde jornalismo investigativo – que depende da pesquisa e do esforço do repórter em desvelar determinado assunto – e jornalismo feito a partir de investigação de outra pessoa, da qual o jornalista se aproveita.

Aqui tanto pode entrar o caso (mais grave) 1. de alguém que faz uma denúncia por ver seus interesses contrariados e a imprensa publica sem verificação prévia ou 2. de repórteres que se valem de dados levantados por outras instituições oficiais ou não, como por exemplo um tribunal de contas, a Controladoria Geral da União ou alguma ONG.

Primeiro

Alguns colegas costumam chamar isso de jornalismo investigativo, mas no primeiro caso, é apenas temerário (e antijornalístico) publicar-se uma declaração acusando alguém fiando-se apenas na palavra do denunciante.

Segundo

No segundo, trata-se de jornalismo a respeito de algum levantamento (que foi entregue de mão beijada ao jornalista), portanto é jornalismo sobre uma investigação e não jornalismo investigativo (que depende do esforço do próprio repórter).

http://www.youtube.com/watch?v=8OdncyENbdM&feature=youtu.be