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Depois de ler Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas, de Michael Shermer, fui reler O mundo assombrado pelos demônios, de Carl Sagan. O livro de Shermer (ed. 2002) tem como subtítulo “Pseudo ciência, superstições e outras confusões dos nossos tempos”. A obra de Sagan (1ª ed. 1995) tem como subtítulo “A ciência vista como uma vela no escuro”.

Divulgação científica

Ambas as obras são títulos de divulgação científica, ou seja, tem o objetivo de explicar a Ciência para um público leigo. Mais do que isso, são defesas apaixonadas da Ciência e de seu método de estudo do mundo natural.

São livro de fácil compreensão, mesmo para quem tenha apenas a noção de Ciência aprendida até o ensino médio. O livro de Sagan, principalmente, pode-se lê-lo como se lê um bom romance. O fio da argumentação é tão bem conduzido que sempre nos induz a querer ver o “próximo capítulo”.

E do que falam os livros?

Os seus subtítulos dão boas pistas: explicam como o método científico pode desmistificar “visões” sobrenaturais, supostos milagres, abdução por alienígenas, etc.; defendem o ceticismo frente aos fenômenos (questionar, pedir evidências, exigir provas extraordinárias para fatos extraordinários); mostram como é fácil enganar e sugestionar pessoas – e como essas podem ser enganadas por falsos médiuns, videntes e profetas.

História

Os livros não se restringem às Ciências da natureza. Sagan e Sherman mostram que é preciso – e mostram como -, por exemplo, separar a História da pseudo-história (a que nega o holocausto, por exemplo).

Citações

Para concluir, uma citação de Carl Sagan, que server muito bem aos jornalistas:

“A credibilidade é consequência do método”.

E uma se Michael Shermer, da qual também os jornalistas podem fazer bom uso:

“O ceticismo é uma abordagem provisória das afirmações. O ceticismo é um método, não uma posição”.