Um fantasma que atormenta quem vive da escrita, principalmente os jornalistas, é a revisão do próprio texto. É algo muito difícil de ser fazer, pois quem escreve percebe apenas o fluxo da informação, tendo dificuldade de se concentrar em detalhes, a principal exigência para uma boa revisão.
A Rede Internacional de Jornalistas (IJNet) publicou algumas sugestões para ajudar os profissionais nessa árdua tarefa:
↔ Tente enganar o cérebro: altere o tamanho e a cor do texto, a letra e o fundo.
↔ Não se prenda à narrativa: leia debaixo para cima, assim você é forçado a pensar.
↔ Imprima e leia em voz alta: para poder ouvir bobagens na construção da frases.
Caro Plinio,
Pode parecer um fato banal(um erro de escrita de um jornalista), mas reputo de muita responsabilidade. Não é nem o erro em si. É o efeito de sua propagação, pois algumas pessoas podem acreditar que aquele texto está escrito correto, quando na verdade não está.
Veja que refiro-me a erros formais de ortografia, de sintaxe, etc.
Plínio, não sou jornalista, mas percebo que é bastante comum eu começar a escrever algo realmente bom que, após algumas relidas, me passa uma (falsa) sensação de ser ruim; como se eu tivesse ‘enjoado’ do próprio texto. Neste caso eu prefiro, após escrever a passagem, evitar ao máximo relê-la. Duas ou três vezes, não mais do que isso. E no fim, fazer uma revisão única e integral no texto inteiro para facilitar na fluidez e evitar esses truques de mente. Trocar a fonte talvez funcione também.
É importante evitar que nosso cérebro nos dê a falsa informação de que nosso texto está banal/ordinário demais, quando na verdade é apenas uma ilusão de saturação. O leitor não sentirá o mesmo que você, principalmente porque ele dificilmente relerá suas passagens mais de uma vez, ficando assim livre deste processo.