Vindo da Islândia, um primeiro disco com mais de dois milhões de cópias vendidos ao redor do mundo, presença em todos os grandes festivais e listas de melhores do ano há quatro anos atrás com “My Head is an animal”, o OMAM chega na difícil prova do segundo disco, passa com sobras, consolida-se mais uma vez como um dos bons itens para se ter na discografia e avisa que tudo que aconteceu em 2011 deve se repetir com o novo “Beneath the Skin”, lançado recentemente numa belíssima produção assinada pela banda e pelo experiente Rich Costey (Muse, Haim, Chvrches, Franz Ferdinand, entre outros).

Alguns itens continuam no som da banda, como os bons duetos entre a bela Nanna Bryndis e o vocalista Ragnar “Raggi”. As letras continuam misturando várias histórias pessoais com temas, elementos e seres da natureza numa atmosfera que se encaixa perfeitamente com muita delicadeza nos vários refrões radiofônicos e músicas que parecem serem feitas para levantar plateias de grandes festivais, como “Crystals” e “Empire” com passagens que lembram em muito os ingredientes que fizeram nomes como o Coldplay chegarem ao topo do mundo.

Os vários coros de “Ôôô…” e as marcações do bumbo da bateria feitas para todos cantarem juntos e baterem palmas são mais que uma prova que o Of Monsters and Men continua pensando além do estúdio, parece ser algo trabalhado para o ao vivo, de como irá funcionar perfeitamente na interação palco-banda-público.

“Organs” surge como o momento mais intimista do disco. “Human”, “Wolves Without Teeth” devem ir direto para a lista de clássicos da banda. A faixa “Slow Life” é um dos pontos altos do disco, mostrando todo o amadurecimento dos arranjos da nova fase dos islandeses. “We Sink” fecha, de forma apoteótica, um excelente trabalho que merece toda a atenção por parte da crítica e do público. Uma certeza que ainda veremos várias novidades agradáveis vindo dos lados desse grupo de amigos da gelada Islândia.

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