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Vasco Arruda

Pedes que eu escreva
o que não sinto.
Mas não posso, amigo.
Não minto.
Pela caneta transborda
o meu ser,
se esvai minha alma
e eu voo pela imaginação
nos campos do desejo.
Não posso amigo,
não vês,
que o que me inspira
a vida está aqui…
Entre uma letra e outra
é que eu vivo a vida.
Irene Madeiro
[Madeiro, Irene. Depois do sol: poesia. – Fortaleza, Premius, 2012. Poesia: A vida me inspira, p. 257.]