Fortaleza – No chuvoso sábado passado o Blog discutia a origem da expressão “O dia está colonial”, típica para dias nublados no Ceará (leia aqui ) – pelo menos para quem tem mais de 40. Mas o economista Alexandre Cialdini (ex-secretário de Finanças de Fortaleza e de São Bernardo do Campo -SP) não tem dúvidas. Foi invenção do pai dele.
O pai de Alexandre foi um dos mais populares radialistas do Ceará, Guajará Cialdini. Conta Alexandre: “Bem, papai e amigos estavam num bar , para variar. Esse bar chamava-se Sambinha, ficava vizinho do Mercadinho São Luiz na Praia de Iracema. Começou a chover e ele disse espontaneamente que o dia estava colonial !”
Segue: “E o Caiçara, ex-técnico de Ceará e Fortaleza , amigo de mesa, perguntou, por que colonial. E ele falou: “pela caravela e pelo tempo”. A caravela era o símbolo da colonial- em garrafa de 750ml – uma cachaça branca. Eram anos 1980. O radialista Wilton Bezerra, amigo do Blog, confirma a autoria.
Alexandre conta que Guajará também criou outra frase para Colonial: “olha o tamanho da bichona”. Na época a colonial produziu uma garrafa maior que a tradicional. “A frase pegou na época”. Virou até música de Messias Holanda. Era a força de Guajará e do rádio. Ele se foi no dia 11 de março de 1995.
Eu era garoto (beeem garoto) e recordo bem. Ouvia Guajará em uma radiola ABC (beeem antiga).
PS: De Cláudio Targino, o presidente da Colonial: “Lamentável como fugiu da minha memória a figura do Guajará Cialdini. Foi muito forte na comunicação da Colonial e creio que o filho dele Alexandre tenha razão. Já “olha o tamanho da bichona” foi quando lançamos o litro. Realmente foi tema de música do Messias Holanda e também matéria publicitária da agência Terra do querido Chico Teófilo. As peças foram desenvolvidas pelo arquiteto Augusto (morcego)”