foto-1-little-joy

A criatividade fora da caixa. Assim eu defino essas bandas que nascem do nada com músicos que já tocam em outras bandas conhecidas e onde estão seu maior legado de seus trabalhos.  Os projetos paralelos se permitem criar e fazer outros trabalhos até menos bem diferentes do que sua banda de origem. É o caso do saudoso Little Joy, do belíssimo trabalho do Agridoce e perfeito projeto dos Tribalistas.

Acredito também que o desgaste de trabalhar, tocar e conviver com as mesmas pessoas é um fator que faz o músico ter a necessidade de fazer algo diferente. Como bem conhecemos casos de músicos talentosos que deixaram as bandas pra seguir sua carreira solo, admiro aqueles que sabem conciliar banda  com projeto paralelo. Dave Grohl é um exemplo disso, parou as gravações do álbum do Foo Fighters em 2002 para tocar bateria com o Queens of the Stone Age e o vocalista Mike Patton da banda Faith No More que se dedica a tantos projetos ao mesmo tempo que se torna difícil apontar qual o mais importante.

1.  Little Joy

normal_little_joy_3

Na época que o Los Hermanos anunciou seu “hiato por tempo indeterminado” eu sofri pencas  e como toda fã, imaginei zilhões de coisas. Um dos motivos que eu cogitava era justamente o fato de imaginar que o Rodrigo Amarante teria essa vontade de fazer algo novo, ter novas experiências.  A diferença nas composições e no estilo do Rodrigo e do Marcelo são gritantes e o tempo foi a melhor resposta para perceber essa imensa necessidade que os integrantes tinham de respirar outros ares.

Little Joy nasceu logo após o hiato em 2007 quando o Amarante viajou para Los Angeles, onde reencontrou Fabrizio Moretti (baterista dos The Strokes) e por amizades em comum, conheceram a multi-instrumentista Binki Shapiro. Em 2008, o álbum Little Joy foi lançado no estilo indie rock no formato mais gracioso possível.

Não dá pra afirmar que acabou, muito menos cogitar quando vão aparecer com algo novo, ainda mais que os The Strokes estão chegando com trabalho novo e o Amarante também lançou recentemente seu primeiro álbum solo. Que nos resta é torcer que se esbarrem novamente porque as canções são lindas e fazem muita falta.

 

2. Os tribalistas

Tribalistas_3

Os tribalistas foram tão perfeitos que no que se propuseram a fazer que pareciam que eles nasceram exclusivamente para este fim.  O projeto formado por nada menos que Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte, não podíamos esperar  nada além do melhor da música brasileira.  O que eu acho mais impressionante deles foi o fato de ter levado apenas 13 dias para gravação do CD  e DVD, um dia para cada música.

No ano que foi lançado o álbum Os tribalistas (2003) , o trabalho recebeu cinco indicações para o Grammy Latino e mais de 2 milhões de cópias vendidas com divulgação até na Europa.  Isso tudo foi resultado da grande necessidade que eles tinham de fazer algo juntos e deu no que deu. Muito talento dividindo o mesmo espaço! 😉

O que deixou todo mundo na época com  água na boa foi o fato deles não terem feito turnê dos tribalistas, apenas rápidas apresentações. Pena!

Relembrar é viver:

CD COMPLETO <3

https://www.youtube.com/watch?v=bJDtyviSe2I

 

3. Agridoce

AGRIDOCE_COLETIVA_CM2012_ALANAANDRADE-6

Uma das bandas que mais ouvi em 2012. Agridoce  era um projeto paralelo da junção da Pitty e do seu guitarrista, o querido Martin. No dia 13 desse mês eles anunciaram o fim da banda, chegaram a lançar CD e DVD, fizeram turnê, ganharam prêmio e decidiram encerrar (Para minha tristeza).

Que nos resta é aguardar as novidades dessa dupla, ou o retorno da banda da Pitty. Já que a mesma alega que o Agridoce não era pra ter tomado a proporção que tomou, que tudo era apenas experiências caseira dos dois que deu muito certo.

Eu adoro as canções, eles tinham um romantismo na medida certa, sem ser chato…
lamentável o fim! ;~~