De patriarcal, a sociedade atual passou a filiarcal, são os filhos o centro das relações. O período da infância é um dos mais conturbados. As crianças parecem ter carta branca para tudo poderem fazer. Não existe mais a noção de limite, disciplina e sofrimento é algo que se quer a todo custo preservar o infante.

Paralelo a isso,o sistema capitalista que rege nossa sociedade exige dos pais uma presença no mercado que acaba roubando-lhes dos filhos. Tal ciclo ocasiona o  que poderíamos designar de fenômeno  da terceirização do afeto. A babá, o motorista, um parente, a escola acabam exercendo o papel de referência próprios dos pais. A consequência é o crescimento de uma geração egoísta, indiferente, imatura e inapta para a lida de situações mais exigentes.

Pessoa alguma pode dar a uma criança o afeto dos pais.  Sem esse amor a educação é comprometida e por tabela a sadia convivência em sociedade. Então, uma mundo  filiarcal constituído por indivíduos mau amados e sem referencial de paternidade e maternidade exemplar acendem-nos o sinal de alerta que algo está errado.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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