Abertura à vida, ao outro, à evangelização e ao mistério divino foram alguns dos pontos destacados pela Co-fundadora da Comunidade Shalom, Emmir Nogueira, na pregação desta manhã no 17º Congresso Nacional das Famílias. A pregação de Emmir baseou-se na exortação apostólica Familiaris Consortio.
“Os pais são responsáveis pela felicidade de seus filhos em parte. Hoje se vê pais atormentados sob o peso desta responsabilidade. Existem também teorias da educação que tiranizam os pais propondo teses inconcebíveis. Claro, existem aquelas que são válidas e mesmo assim devem ser aplicadas abaixo do Evangelho ”, disse Emmir.
Como famílias católicas os casais devem ser abertos à vida. “Em uma família pequena é até mais difícil a auto-regelação natural . O que acontece de modo mais fácil em um lar mais numeroso”, explicou.
A educação dos filhos deve ser pautada no ensinamento do Evangelho e não nos estereótipos do mundo. “Os filhos devem aprender a viver o Evangelho e não os modismos”, alertou. Ainda falou sobre a indústria de exploração infantil que exacerba na apresentação de produtos e serviços como se aquilo, por si só, fossem garantia de felicidade.
Da mesma forma que uma família deve ser aberta à vida também deve abertura ao próximo, em especial, aos mais pobres. “Não podemos criar nossos filhos para nós mesmos. Devemos educá-los para o amor ao próximo”, disse.
Na cultura judaica, explicou Emmir, a criança era vista como propriedade de Deus e os pais no ritual da apresentação no templo os resgatavam. No caso de Jesus foram duas rolinhas o preço de seu resgate. Neste contexto a pregadora esclareceu que os filhos devem ser educados para o mistério.
“Como fala o papa Bento XVI o homem à custa de querer explicar todas as coisas se fecha ao mistério. Assim como gastamos tempo com os filhos em diversas atividades educacionais, esportivas…devemos gastar tempo em educá-los para a piedade, a oração, enfim, ao mistério de Deus”, falou.
Uma coisa importante e que não deve ser preterido no seio de uma família católica é a orientação dos filhos para a irradiação da fé. “As famílias devem além de transmitir a fé [para seus filhos] viverem a irradiação das mesmas. Nossos filhos precisam ser educados para a evangelização que exige sacrifício e renúncia”, comentou.
O título foi colocado no artigo errado, deveria antes ser, “não faça assim”… pois critica de forma negativa uma série de formas de educação parental, até diz que mesmo as certas deveram ser submetidas ao evangelho.
No final exprime uma série de bons valores como se fossem conduta inequívoca e única da religião (católica, pois as outras não têm evangelho).
Posso ser eu como ateu que não vejo assim, encontro mais intolerância na religião que fora dela, mais arrogância das certezas hipotéticas nos que se dizem humildes pelos ensinamentos do divino do que outros com ausência desta aprendizagem, ou que o seu raciocínio e instinto os fez caminhar noutro sentido .
E principalmente preconceito em relação a tudo o que exógeno à confissão, levando assim à necessidade da evangelização para termino das saudáveis diferenças que obrigam ou ao raciocínio ou à imposição violenta da homogeneização.