Fiquei perplexo com a suposta movimentação para a retirada dos moradores de rua de Fortaleza antes, durante e um pouquinho depois da Copa do Mundo. Pior que a retirada, meramente cosmética, e o nome politicamente correto dado ao ato – absurdo – higienização.
Talvez se a tentativa fosse o mesmo procedimento com animais já teria surgido inúmeras instituições de preservação levantando a bandeira contra. Ser humano está em baixa, pelo menos para a implementação de algumas políticas públicas.
Morador de rua merece respeito. Bem melhor seria empreender esforços para retirá-los em definitivo desta condição subumana.
Reproduzo trecho da articulação de Saraiva Junior, auditor fiscal e membro do conselho de leitores do jornal O POVO, “O maior medo dos moradores de rua é a chegada da Copa do Mundo de Futebol ao País. Eles sabem que não podem aparecer por aí como o lixo da paisagem. Por falta de políticas públicas que lhes beneficiem, temem ser jogados para debaixo do tapete. Pois, quando começam a dizer que o número de moradores de rua é ínfimo, é bom ficar de orelha em pé”.
Texto na íntegra, aqui.