Com todo respeito aos protestantes que buscam com retidão a vivência do Evangelho não acho proveitosa a programação evangélica baseada apenas no tele-evangelismo, tal como vemos a prática da denominação do poder de Deus. A qualquer hora que você liga a TV está lá o Valdemiro ou outro sósia dele numa pregação interminável. Uma emissora deve garantir programação como prescreve a lei, com atrações “educativas, artísticas, culturais e informativas”.
As emissoras católicas, embora disponham de poucos recursos,oferecem uma programação diversificada que contribui para o crescimento integral do telespectador. O anúncio do Evangelho passa também pela difusão dos valores, o estímulo à caridade, propagação da educação e da cultura. Aliás, ao longo dos séculos a Igreja Católica sempre esteve atenta a estes aspectos e grande foi sua contribuição para a humanidade.
Caso se confirme a compra da CNT pelo telepastor será o segundo no país a deter um sinal aberto de TV, depois de Edir Macedo, dono da Rede Record de Comunicação. Valdemiro já foi braço direito de Macedo e há alguns anos tem “roubado” muitos fieis da Universal. Os templos do Poder de Deus estão cada vez mais colados aos da IURD e agora a disputa deve continuar na TV. Perde o telespectador, perde o crente sério. Termino a postagem com a fala do pastor Fabrício Cunha: ““Na TV, o segmento evangélico alcança seu pior estereótipo. E não é pelas personagens ‘crentes’ caricatas nas novelas. Não. São os televangelistas que são nossa pior imagem pública. Eles, sim, e seus projetos pessoais de poder, caricaturas de uma triste realidade”.