Papa Francisco preside na Praça de São Pedro Oração pela Paz na Síria e Oriente Médio. As preces são feitas em várias línguas e conta com a participação do coral infantil da Capela Sistina.
A Praça de São Pedro foi liberada aos fieis sem cobrança de taxa. Francisco permanecerá pelo menos por quatro horas em oração diante do Santíssimo Sacramento.
O gesto é repetido em diversas partes do mundo. Em Fortaleza, a Comunidade Católica Shalom abriu seus 25 centros de evangelização em Fortaleza para acolher os fieis. A instituição que reúne uma representação de 155 membros de 18 países encontra-se também em oração no Centro de Espiritualidade Santa Teresa, no Aracapé.
As preces do Papa Francisco são transmitidas ao viva pelas emissoras católicas Canção Nova, Aparecida e Rede Vida. O canal do Vaticano no Youtube também retransmite as imagens do Centro Televisivo do Vaticano.
Clique na imagem para assistir a transmissão ao vivo.
TODOS NOS TEMOS OS NOSSOS ALGOZES QUE NOS ALFENETA A TODO O MOMENTO.
A vida perderia o sentido se nós não tivéssemos ao nosso lado aquele que é contra o nosso projeto de vida. Todos nascem com um propósito, propósitos este que cria em nós uma satisfação humana, e nos projeta numa dimensão transcendente.
É preciso criar, é preciso pensar, é preciso aceitar e conviver com o eu interior, amando, respeitando e superando os recalques que às vezes floresce dentro de cada um de nós, impedindo a nossa caminhada.
Quanto mais recalque dentro de nós, quanto mais eu estou propenso a eliminar o outro, a impedir que o outro cresça, tornando-se até a um desejo real que o outro não exista.
Tudo isto faz parte dos recalques que ao longo de sua vida foi criando dentro de você, minando a sua identidade, e às vezes vivendo de mentirinhas, dos disse me disse, perdendo assim a oportunidade de vislumbrar e receber a força universal dentro de você, tais como o sol da justiça e a própria interação com a força do universo.
Muitos tornam algozes dele próprio, vivendo num mundo de ilusão e fantasia, descaracterizando o seu selo universal, rebaixando-se para categorias que não ajudam alimentar a engrenagem da satisfação humana. Se observar-mos o grito do Salmista, veremos que em vários momentos ele pede a misericórdia de Deus, pois ele está constantemente sendo atingido ou aniquilado por alguém. Ele não tem a quem recorrer a ser ao próprio Deus.
Todos nós temos os nossos adversários, uns com mais intensidades e outros com menos, são duas forças que andam se gradeando em nosso redor, sendo uma do bem e outra do mal. O homem sábio e prudente procura esquivar-se para que ele não seja sugado e triturado por esta força.
Existem dentro de cada ser humano duas identidades, sendo uma real e humana, onde ama, perdoa, tem compaixão, cria êxtase, nos dar prazer e nos remeta a presença de Deus. Existe uma outra que descaracteriza a nossa pessoa, criando ódio a todo o momento, torna-se prepotente, dono da verdade, onde leva-nos a termos raiva e ódio de nos mesmo, não cria nada, não favorecer o crescimento pessoal e muito menos social e comunitário. É toda desvinculada da força universal, é geralmente sem luz e forma.
Jesus Cristo no auge de seu vigor, foi sugado por esta força que foi composta por seus algozes e um dos responsáveis por esta barbárie ao mestre, pertencia justamente ao seu grupo de caminhada.
Todos nós temos o nosso momento de declínio, onde colocamos a nossa personalidade para maquinar contra alguém que convive ao nosso lado, subestimando, e minando todas as possibilidades de existência desta pessoa. O que às vezes não observamos é que as pessoas que tem esta tendência encontram-se sempre em uma dependência de afeto humano, vivendo assim, numa profunda melancolia, onde não acredita nela própria, usando assim estes artifícios para o crescimento próprio, e no fundo de sua alma com receio de perder algum território, que na visão dele é plenamente de sua propriedade.
Expedito Scheffer Pereira-cronista/palestrante
alegriaparaviver@gmail.com-Teologo-tel.
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TODO PODER ESTÁ VINCULADO A AUTORIDADE QUE DEVE ESTAR A SERVIÇO DA PROMOÇÃO HUMANA E DO BEM ESTAR DO CIDADÃO.
“A Sociedade humana não estará bem constituída nem será fecunda a não ser que lhe preceda uma autoridade legitima que salvaguarde as instituições e dedique o necessário trabalho e esforço ao bem comum.”
Chama-se “Autoridade” a qualidade em virtude da qual pessoas ou instituições fazem leis e dão ordens, e esperam obediência da parte deles.
Toda comunidade humana tem necessidade de uma autoridade que a dirige. Tal autoridade encontra seu fundamento na natureza humana. É necessária á unidade da cidade. Seu papel consiste em assegurar enquanto possível o bem comum da sociedade.
A autoridade exigida pela ordem moral emana de Deus: “todo homem se submete às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidada por Deus”. De modo que aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se a ordem estabelecida por Deus. E os que opõem atraíram sobre si a condenação.
O dever da obediência impõe a todos prestar à autoridade as honras a ela devidas e cercar de respeito, conforme o seu mérito, de gratidão e benevolência as pessoas investidas de autoridade.
Se, por um lado, a autoridade remete uma ordem fixada por Deus, por outro, “são entregues à livre vontade dos cidadão, a escolha do regime e a designação dos governantes.”.
A diversidade dos regimes políticos é moralmente admissível, contando que concorram para o bem legitimo da comunidade que o adota. Os regimes cuja natureza é contra a lei natural, à ordem pública e aos direitos fundamentais das pessoas não podem realizar o bem comum das nações as que as são impostos.
A autoridade não adquiri de si mesma sua legitimidade moral. Não deve comportar-se de maneira despótica, mas agir para o bem comum, “como uma força moral fundada na liberdade e no senso de responsabilidade.”
A autoridade só será exercida legitimamente se procurar o bem comum do grupo em questão e se, para atingi-lo empregar meios moralmente lícitos. Se acontecer de os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contraria ordem moral, estas disposições não poderão obrigar as consciências. “Neste caso, a própria autoridade deixa de existir, degenerando em abuso de poder.”
“É preferível que cada poder seja equilibrado por outros poderes e outras esferas de competência que o mantenham em seu justo limite. Este é o principio do “Estado de Direito”, no qual é soberana a lei, e não a vontade arbitraria dos homens.”
O Bem Comum
Por bem comum, é preciso entender “o conjunto daquelas condições da vida social que permite aos grupos e a cada um de seus membros atingirem de maneira mais completa e desembaraçadamente a própria perfeição.” O bem comum interessa à vida de todos. Exige a prudência da parte de cada um e mais ainda da parte dos que exercem autoridade. Comporta ele três elementos essências:
Supõe em primeiro lugar, o respeito pela pessoa como tal. Em nome do bem comum, os poderes públicos são obrigados a respeitar os direitos fundamentais e inalienáveis da pessoa humana.
A sociedade é obrigada a permitir que cada um de seus membros realize sua vocação. Em particular, o bem comum consiste nas condições para exercer as liberdades naturais indispensável ao desabrochar da vocação humana: “tais são o direito de agir segundo a norma reta de sua consciência, o direito a proteção da vida particular e a justa liberdade, também em matéria religiosa”.
Em segundo lugar, o bem comum exige o bem estar social… E o desenvolvimento do próprio grupo. O desenvolvimento é o resumo de todos os deveres sociais. É claro, cabe à autoridade servir de árbitro, em nome do bem comum, entre os diversos interesses particulares. Mas ela deve tornar acessível a cada um aquilo de que precisa para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, saúde, educação e cultura, informação conveniente, direito de fundar um lar etc…
Por fim, o bem comum envolve a paz, isto é, uma ordem justa duradoura e segura. Supõe, portanto, que a autoridade assegure, por meios honestos, a segurança da sociedade e a de seus membros, fundamentando o direito a legitima defesa pessoal e coletiva.
Se cada comunidade humana possui um bem comum que lhe reconhecer-se como tal, é na comunidade política que encontramos sua realização mais completa. Cabe ao estado defender e promover o bem comum da sociedade civil, dos cidadãos e dos organismos intermediários.
O bem comum está sempre orientado ao progresso das pessoas: “a organização das coisas deve subordinar-se á ordem das pessoas e não ao contrario”. Esta ordem tem por base a verdade, edifica-se na justiça, é vivificada pelo amor.
Responsabilidade e participação
A participação é o envolvimento voluntário e generoso da pessoa nas relações sociais. É necessário que todos participem, cada um conforme o lugar que ocupa e o papel que desempenha, na promoção do bem comum. Este dever é inerente à dignidade da pessoa humana.
Os cidadãos devem na medida do possível, tomar parte ativa na vida pública. “Deve-se louvar a maneira de proceder daquelas nações em que a maior parte dos cidadãos, com autentica liberdade, participa da vida pública”.
A participação de todos na realização do bem comum implica, como todo dever ético, uma conversão sempre renovada dos parceiros sociais. A fraude e outros subterfúgios pelos quais alguns escapam às malha da lei e a prescrições do dever social devem ser firmemente condenados, por serem incompatíveis com as exigências da justiça. É necessário ocupar-se do florescimento das instituições que possam melhora as condições da vida humana.
Cabe aos que exercem a função de autoridade fortalecer os valores que atraem a confiança dos membros do grupo e o incitam a se colocar a serviço dos semelhantes. A participação começa pela educação e pela cultura. “podemos pensar com razão em depositar o futuro da humanidade nas mãos daqueles que são capazes de transmitir às gerações do amanhã razões de viver e esperar”.
Resumindo:
“Não há autoridade que não venha de Deus, e as existentes forma instituídas por Deus.” (Rm. 13,l). Texto C.Igreja.
Expedito Scheffer Pereira-Conferencista
alegriaparaviver@gmail.com
Teologo/Psicanalista