A novela pela retirada dos ursos Dimas e Kátia do Zoológico de Canindé, administrado pelo Santuário de São Francisco, ganhou um novo capítulo nesta semana com a liminar concedida pela juíza da da 3ª Vara da Comarca de Canindé, Tássia Fernanda de Siqueira, que determina a transferência dos animais para o “Rancho dos Gnomos”, na cidade de Joanopólis, em São Paulo. De acordo com o portal Canindé Online, “a medida cautelar atende o pedido da Associação Brasileira dos Defensores dos Direitos e Bem Estar dos Animais, por meio de uma ação civil pública”.

Ursos estão bem segundo a Semace, mas não segundo a Luisa Mell.

O Rancho dos Gnomos é parceiro do Instituto Luisa Mell que desde o ano passado buscam uma forma de retirar os dois ursos do zoológico. Além dos animais, a associação, através do processo,  quer dinheiro através do pagamento de indenização, “por danos morais coletivos causados ao meio ambiente, cujos valores deverão reverter em ações desenvolvidas em benefício da proteção e bem-estar dos animais”, informa o Canindé Online.

Laudos técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) – Ibama, da Secretaria de Meio Ambiente do Ceará – SEMACE e da Faculdade de Medicina Veterinária da UECE, feitos no ano passado,  indicaram que os animais teriam condições de permanecerem no Zoológico mantido pelo Santuário São Francisco de Assis. Conforme o documento, o Zoológico de Canindé “atende de modo parcial às  exigências relacionadas na legislação aplicável à operação do empreendimento”. Dos 12 critérios previstos  pelas instituições oito foram atendidos. Um foi resolvido posteriormente, restando três exigências pendentes.

O Santuário investiu e adaptou o ambiente às normas técnicas solicitadas. “Eu acredito que os ursos estão bem adaptados em nosso zoológico”, disse Frei Marconi, Reitor do Santuário São Francisco. “O grande problema para nós é que desde o começo [da ação do instituto de Luisa Mell]tivemos nossa imagem denegrida por comentários contra a instituições, os frades e as pessoas que aqui trabalham, contra a própria cidade e contra a Igreja…Atingindo também a nossa condição de Nordestino. Como se nós,Nordestinos,  não tivéssemos condições de cuidar à altura de animais exóticos como os ursos que aqui estão. lembrando que os ursos não são Siberianos, são animais oriundos da região Norte-Americana, que tem calor como aqui também”, desabafa o frade a um documentário do jornal O Povo Online sobre a situação dos bichos.

O Canindé Online conseguiu falar com o Santuário, confira: 

 

 

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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