A ideia nostálgica de que “no meu tempo” — ou “em um tempo que eu nem vivi” — “tudo era melhor” não é nova, nem surgiu com o seu avô. Esse episódio reflete sobre o mito da “Era de Ouro”, vista como o tempo da felicidade autêntica: pra uns, ela teria ocorrido historicamente no Jardim do Éden; pra outros, trata-se da própria infância ou juventude que já não voltam mais. Ideia presente em diversas tradições míticas — mas não em todas —, a “era dourada” é tida como a primeira e a melhor das eras, marcada como um período de paz, harmonia, inocência e prosperidade. Mas até que ponto uma Era de Ouro existiu de fato pra alguém ou pra alguma sociedade? Ou ela seria apenas uma idealização e aspiração humanas?
[Idealizadora do projeto multiplataforma “Assim Caminha a Humanidade” • Roteirista, pesquisadora, produtora e co-host do podcast @assim_caminha]
Graduada em Comunicação Social, Pati foi editora de livros por dez anos e atualmente desenvolve projetos audiovisuais. E, entre a edição de um livro e outro, escreveu em veículos como Update Or Die, São Paulo Fashion Week (FFW), O Futuro das Coisas, O Povo online, revista PIX e Digestivo Cultural, entre outros. No ACaH, é responsável por colocar as engrenagens em movimento, fazendo conexões entre as ideias de cada episódio e gerando provocações e insights a respeito dos temas discutidos, como uma “Emília” de Monteiro Lobato. É associada da Joseph Campbell Foundation (www.jcf.org).