PLANTA APARECE COMO SAÍDA PARA ALIMENTAR ANIMAIS.

 A plantação de um hectare de palma forrageira mantém alimentada até 16 cabeças de gado bovino e até 120 cabeças de ovino e caprino por seis meses.

De acordo com o Secretário do Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira, o Estado do Ceará vai distribuir oito milhões de raquetes de palma forrageira, por meio do programa Hora de Plantar 2016. A distribuição será feita pelos escritórios da Ematerce.
“O nosso grande objetivo é sensibilizar os produtores da importância do plantio da palma forrageira na alimentação animal. Nesse período, a única coisa verde hoje no campo é a palma”, observa o Secretário.
Para o coordenador de Desenvolvimento da Agricultura Familiar, Itamar Lemos, o cultivo de palma forrageira no Ceará representa mais uma alternativa de convivência com o semiárido. “Os produtores interessados em adquirir as raquetes devem procurar a Ematerce e o Instituto AGROPOLOS. Vamos investir em todo o Estado, principalmente nas regiões com maior potencial agropecuário”, comentou. Segundo ele, se cada agricultor receber 10 mil raquetes a preço de R$ 0,12 a unidade, em um hectare plantado, no segundo ano de produção, ele irá pagar R$ 120,00 em uma Agência dos Correios de sua cidade. “Nossa intenção é fortalecer essa cadeia produtiva tão importante para a vida do homem do campo”, salientou.
“No Nordeste seco, quem tem palma sofre, e que não tem palma sofre também. Agora, com essa posição do Governo do Estado, com certeza, as coisas irão melhorar para o homem do campo”, acredita o prefeito. 

O presidente da Ematerce, Antônio Amorim, também reconhece a produção de palma forrageira como uma alternativa eficiente para a convivência com o semiárido. “Além da produção de ração animal, a palma forrageira pode ajudar os nossos agricultores familiares a ampliarem os seus negócios com a venda do produto para outras cidades e outros estados”, disse.
O Presidente, destacou que a produção de palma forrageira no Ceará é uma atividade bastante rentável. Em cada hectare plantado, é possível se conseguir uma produção de até 90 toneladas de palma forrageira.
Amorim lembrou que um dos principais objetivos do Programa Estadual de Palma Forrageira é, além de oferecer uma alternativa para a alimentação animal, permitir a geração de riqueza, com a comercialização do produto. “A SDA vai incentivar a disseminação da palma forrageira por meio de outros programas do Estado e já temos convênio assinado com a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) para implantar 100 hectares de palma forrageira em todo o Estado”, disse. 

“A palma forrageira tem grande importância para os rebanhos, por fornecer um alimento verde e suculento em épocas secas do ano. A palma possui características que permitem a sobrevivência no semiárido, elevando a produtividade e qualidade alimentar dos rebanhos cearenses”, explica.
O bom rendimento dessa cultura está climaticamente relacionado a uma temperatura de 25 graus durante o dia e 15 graus durante a noite, com precipitações pluviométricas de 400 a 800 milímetros anuais e umidade relativa do ar de 40%, porém, suporta as temperaturas altas dos sertões.
Na visão do Secretário Dedé Teixeira, plantar palma será a grande saída, porque é hora de aproveitar, pois o criador está passando por grandes dificuldades, mantendo com um custo muito elevado seu rebanho, com alimentação escassa, e mostrar que, quem plantou palma e fez o manejo correto, colhe hoje 40 toneladas por hectare, o que dá para manter 20 bovinos durante os seis meses no período crítico com um baixo custo. “A palma é um alimento de grande valor nutritivo”, concluiu.
Fotos e texto de Antônio Carlos Alves
Amanhã você acompanha: Canindé testa palma gigante.