Com o tema: ‘’O ROMEIRO DE SÃO FRANCISCO LEVA A PAZ NO CORÇÃO’’, o santuário-paróquia de São Francisco das Chagas de Canindé, realizou no último dia (3), de fevereiro o Dia do Romeiro, na sua 13ª edição.

A data instituída pela lei nº 1.872/05 de 02 de março de 2005 pela gestão municipal, originária de um Projeto de Lei do vereador a época CELSO CRISÓSTOMO, é apoiada pela Paróquia de São Francisco das Chagas, e, tem como objetivo homenagear os romeiros peregrinos e todos os devotos, que além de expressar a sua fé e devoção, contribuem para o desenvolvimento da cidade.

Para os fiéis, assim como o Reitor, frei Marconi Lins, que coordena pela quarta vez a festa, a data representa um momento de integração e também de aprendizado. “Quem vem aqui fica entusiasmado e sai radiante, numa demonstração de fé e devoção a São Francisco, no caminhado profundo ao santo vivo, como fez Jesus. O Dia do Romeiro é um dia de ação de graças, para que os fiéis tenham amor profundo por São Francisco e pelo santuário”, diz o frade.

A prefeita de Canindé, Rozário Ximenes, também participou das festividades. ‘’A festa é da Paróquia, mas estamos presentes, porque entendemos que é necessária essa parceria. Quem vem ao santuário, vem para ver São Francisco’’, frisou a gestora.

Frei Joãozinho Sanning observa que o dia é uma tradição dos devotos de alguns Estados do Nordeste.

“É comum nesta data os devotos fazerem uma romaria passando por Juazeiro do Norte, seguindo para Canindé. Romeiros são especiais, pois refletem a espiritualidade franciscana. “A romaria representa a nossa caminhada da vida rumo ao céu, cada dia renovando a esperança”. Caminhamos em busca de Deus e da sua justiça. O primeiro peregrino da Bíblia foi Abraão, que saiu de sua terra natal e seguiu pelo mundo peregrinando para difundir a Palavra de Deus”, explica frei Joãozinho.

‘’No dia do romeiro, os devotos são iluminados pela festa em Juazeiro, cantam com São Francisco, ‘onde há trevas que eu leve a luz’. Realmente os romeiros são uma luz neste mundo materialista e egoísta. Eles são chamas vivas de fé e também de esperança. Com seus romeiros, São Francisco nos exorta, para que todos nós sejamos luz por nossa ação, servindo de luminoso exemplo aos outros’’, observa o franciscano.

Para ele, a vela acessa é símbolo de uma fé viva. “Recebemos esta vela no nosso batismo e a acendemos em nossas celebrações cantando: ‘A nós descei divina luz, em nossas almas acendei o amor de Jesus’. Depois desse momento, todos aguardam pelas chuvas. O povo agricultor cuida do plantio e espera pela época da Festa de São Francisco para reiniciar suas romarias”.

Para os comerciantes, o dia representa o fortalecimento da economia da cidade e a parceria entre o Poder Executivo e a Paróquia que está sendo firmada, e só fortalece a cidade como centro de romaria e visitação.

Fotos e Texto: Antonio Carlos Alves.