"Os Incompreendidos" (1959)

“Os Incompreendidos” (1959)

Nesta sexta-feira, dia 21 de outubro, a morte do cineasta francês François Truffaut atinge a marca de 33 anos. Para suprir a ausência de um dos mais importantes diretores, roteiristas, produtores e críticos de cinema da história, o Cinema de Arte abre hoje, dia 20, uma mostra retrospectiva com sete clássicos do francês.

Em Fortaleza, a mostra “Retrospectiva François Truffaut – 7 clássicos para se Recordar” terá exibições diárias da cópias restauradas dos filmes em DCP na sala 10 do Cinépolis RioMar. O primeiro filme em exibição será “Os Incompreendidos” (1959), primeiro longa da saga de Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud). A sessão começa às 19h30min. A mostra segue na sexta-feira, mesmo horário, com o triângulo amoroso definitivo de “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois” (1962), com Jeanne Moreau.

"Jules e Jim - Uma Mulher para Dois" (1962)

“Jules e Jim – Uma Mulher para Dois” (1962)

Já sábado e domingo, às 14 horas, receberão sessões de “Beijos Proibidos” (1968) e “A Noiva Estava de Preto” (1968), respectivamente. Segunda, às 19h30min, é a vez de “Domicílio Conjugal” (1970). Finalizando a primeira fase da mostra, terça haverá sessão de “O Amor em Fuga” (1979) e quarta de “O Último Metrô” (1980), ambas às 19h30min.

Além de Fortaleza, a mostra será exibida paralelamente em Natal (RN) e João Pessoa (PB). Em seguida, parte para Recife (PE) e Salvador (BA) em novembro. Por fim, chegará ainda a São Luís (MA), Manaus (AM) e São Paulo (SP), Barueri (SP) e Jundiaí (SP).

Um dos grandes nomes do movimento francês Nouvelle Vague, Truffaut foi um dos raros cineastas a conseguir equilibrar sucesso de público com aclamação da crítica. Ao lado de diretores como Alain Resnais, Claude Chabrol, Jean-Luc Godard, Agnès Varda e Jacques Rivette, Truffaut deu novo fôlego ao cinema francês, versando sobre temas humanos como amor, violência e pobreza.

"O Último Metrô" (1980)

“O Último Metrô” (1980)

Além dos marcos do cinema presentes na mostra, Truffaut tem na sua longa lista de serviços prestados à Sétima Arte o trabalho como crítico da Cahiers du Cinema, revista especializada em circulação até hoje. Foi nela que o francês ajudou especialistas a redescobrirem o talento de Alfred Hitchcock, que por anos foi amado pelo público e esnobado pela crítica.

Truffaut nasceu em Paris (França), em 6 de fevereiro de 1932, vindo a morrer 52 anos depois, no dia 21 de outubro de 1984, em Neuilly-sur-Seine. Na carreira, ele chegou a receber o Oscar de melhor filme em língua estrangeira por “A Noite Americana” (1974) e recebeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes por “Os Incompreendidos”. Mais do que isso, porém, Truffaut ajudou a moldar todas as gerações de cineastas que nasceram após seu apogeu.

Programação:
“Os Incompreendidos” (1959) – quinta, dia 20, às 19h30min.
“Jules e Jim – Uma Mulher para Dois” (1962) – sexta, dia 21, às 19h30min.
“Beijos Proibidos” (1968) – sábado, dia 22, às 14 horas.
“A Noiva Estava de Preto” (1968) – domingo, dia 23, às 14 horas.
“Domicílio Conjugal” (1970) – segunda, dia 24, às 19h30min.
“O Amor em Fuga” (1979) – terça, dia 25, às 19h30min.
“O Último Metrô” (1980) – quarta, dia 26, às 19h30min.

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André Bloc

Redator de Primeira Página do O POVO, repórter do Vida&Arte por seis anos, membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine).

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