a-torre-negra-cinema-as-8

Idris Elba é O Pistoleiro de A Torre Negra (Foto: Entertainment Weekly)

De grandes franquias a personagens e diretores icônicos, 2017 vem com estreias promissoras. Algumas delas esperadas com otimismo, como o novo Star Wars, batizado nesta semana como The Last Jedi e fazendo a internet explodir em teorias – ou seriam constatações?

Outros títulos devem ser recebidos com cautela. Ainda é cedo para saber se Mulher Maravilha vai ter êxito em quebrar a sequência de longas contraditórios da DC ou se M. Night Shyamalan vai se redimir com seu Fragmentado. Perguntas previsíveis, respostas a seu tempo.

Dentre tantas produções, o Cinema às 8 selecionou oito ficções que, por algum motivo, despertam expectativa na opinião dos editores e críticos do blog. Os títulos escolhidos vão de fevereiro a dezembro, mas a maioria estreia até as férias de julho. Alguns ainda nem ganharam trailer. E o hype, sempre ele, já corre.

Veja a lista.

Silêncio, de Martin Scorsese
(Por André Bloc)

Não é só o novo filme de Scorsese. É um filme cujo multipremiado cineasta deseja fazer há quase 30 anos. Esnobado no Oscar, o filme é baseado na obra Chinmoku, do escritor católico japonês Shusaku Endo e conta a busca de dois padres jesuítas por seu mentor em plena perseguição religiosa no Japão do século XVII. Com Andrew Garfiel e Liam Neeson.

Estreia em 2 de fevereiro

Fragmentado, de M. Night Shyamalan
(Por André Bloc)

Houve um tempo em que o novo thriller de Shyamalan seria motivo de euforia. Depois de A Visita (2015), já passou a hora de perdoarmos o indiano por seus tropeços e focarmos nos acertos. O filme se foca em três garotas sequestradas por um homem com 23 personalidades distintas. E tem sido elogiado mesmo por detratores do diretor de O Sexto Sentido (1999) e Corpo Fechado (2000).

Estreia em 23 de março

https://www.youtube.com/watch?v=CWixUrbq6y8

Guardiões da Galáxia Vol. 2, de James Gunn
(Por André Bloc)

Depois do sucesso surpresa em 2014, a ópera espacial da Marvel está de volta com sua equipe absolutamente disfuncional. O clima familiar e o subtexto bem construído foram chave para sucesso. Mas quem manda em tudo mesmo é o carisma de Peter Quill, Gamora, Groot, Drax e Rocket. Com Chris Pratt, Zoe Saldana, Kurt Russell e Sylvester Stallone.

Estreia em 27 de abril

Alien: Covenant, de Ridley Scott
(Por Rubens Rodrigues)

Depois de perder a mão em Prometheus (2012), o diretor Ridley Scott parece ter encontrado numa suposta volta às origens o caminho para despertar o que há de melhor na franquia Alien. A mitologia recebe a atriz Katherine Waterson, vista recentemente em Animais Fantásticos e Onde Habitam, numa performance suficientemente forte à primeira vista – algo que fez falta na prequela.

Estreia em 18 de maio

Mulher Maravilha, de Patty Jenkins
(Por Rubens Rodrigues)

Interpretada pela israelense Gal Gadot, sem grandes trabalhos até ser chamada para viver a personagem, a Princesa Amazona poderá reverter a má fase da DC Comics no cinema. Primeiro porque, criada há 76 anos, a Mulher Maravilha transcendeu a figura de super-heroína e se tornou um símbolo de luta das mulheres – é sempre época boa para tocar no assunto. Depois porque, dessa vez, a Wonder Woman da diretora de Monster: Desejo Assassino (2003) deixa de ser uma muleta para Zack Snyder e poderá fincar seu próprio lugar no universo cinematográfico da DC antes da estreia de Liga da Justiça, previsto para novembro deste ano.

Estreia em 1º de junho

Planeta dos Macacos: A Guerra, de  Matt Reeves
(Por Hamlet Oliveira)

Em tempos de reboots e novas versões de clássicos, a atual safra da franquia Planeta dos Macacos talvez seja a mais bem sucedida. Situados antes dos eventos dos filmes da década de 1960, os novos longas constroem de forma competente a derrocada da humanidade e a ascensão dos símios. O novo filme promete mostrar um dos eventos derradeiros da investida de César contra os humanos, culminando na figura mítica representada pelo macaco no futuro. Com Andy Serkis e Woody Harrelson.

Estreia em 13 de julho

A Torre Negra, de Nikolaj Arcel
(Por Rubens Rodrigues)

O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás. Já se sabe que o longa do dinamarquês Nikolaj Arcel (O Amante da Rainha) tomou muitas liberdades criativas, e eu disse muitas, mas pelo mesmo daí a adaptação da série de Stephen King precisa partir. A princípio, o filme parece temer a ousadia de King ao tratar de questionamentos recorrentes no nosso mundo como o racismo a marginalização escritos tão incomodamente nos livros. De narrativa esquizofrênica e sem nenhuma preocupação em segurar o leitor, é complicado imaginar como a busca de Roland Deschein pela Torre Negra será realizada no cinema e é justamente isso que torna essa adaptação tão curiosa. Com Idris Elba e Matthew McConaughey.

Estreia em 27 de julho

Título The Last Jedi gerou teorias na internet

Título The Last Jedi gerou teorias na internet

Star Wars: Episode XVIII – The Last Jedi, de Rian Johnson
(Por Hamlet Oliveira)

Com a certeza de que dessa vez teremos um Luke Skywalker com falas, esperamos que o novo filme nos dê as tão esperadas respostas sobre o passado de Rey (por favor, não seja filha do Luke), além de explorar o treinamento para o lado obscuro da força de Kylo Ren com Snooke, algo nunca visto pelos fãs no cinema. A maior curiosidade, contudo, fica para saber como o filme irá lidar com a recente morte de Carrie Fischer e o destino de Leia na saga. Com Daisy Ridley, John Boyega e Mark Hamill.

Estreia em 14 de dezembro

About the Author

Rubens Rodrigues

Jornalista. Na equipe do O POVO desde 2015. Em 2018, criou o podcast Fora da Ordem e integrou as equipes que venceram o Prêmio Gandhi de Comunicação e o Prêmio CDL de Comunicação. Em 2019, assinou a organização da antologia "Relicário". Estudou Comunicação em Música na OnStage Lab (SP) e é pós-graduando em Jornalismo Digital pela Estácio de Sá.

View All Articles