Fortaleza, 18/02/2019 – Não faz muito tempo que fomos surpreendidos com as proezas do garoto indiano Budhia Singh, que começou a percorrer longas distâncias por acaso, após um castigo escolar. O garoto teve uma infância muito difícil e até foi vendido pela mãe. Em seguida, foi morar em uma escola (internato), e com apenas 4 anos de idade o seu professor achou que o garoto era indisciplinado, dando-lhe um castigo – correr ao redor do pátio da escola. Por algum motivo, o professor esqueceu o garoto e saiu para resolver algo, ao retornar 5 horas depois Budhia ainda estava correndo. Começava naquele momento a fantástica história do ultramaratonista infantil Budhia Singh, que assombrou o mundo com suas corridas e treinos de longa distância. Atualmente, o jovem Dudhia está com 17 anos, e o sonho de ser campeão olímpico na maratona em 2024, parece estar bem distante, pois com tantas mudanças bruscas e interferências políticas e sociais em sua vida, o jovem parece ter perdido o foco com o esporte. A história de Budhia pode ser vista no filme: Budhia Singh / Born To Run.
Bem diferente da história do garoto indiano, estamos começando a receber nos últimos dias notícias de um novo fenômeno mundial infantil, desta vez em distâncias curtas em pista: 100, 200, 400 metros.
Estamos falando do garoto norte-americano Rudolph Ingram, de apenas 7 anos de idade, que está surpreendendo o mundo com arrancadas de 100 metros que chegam a 13 segundos. Para alguns, o garoto já está sendo comparado como um futuro Bolt, e além do desempenho nas pistas, Rudolph também está sendo considerado um modelo fitness infantil, por causa do seu abdomem e porte físico. Além do atletismo, Rudolph também pratica futebol americano, e diversos vídeos estão disponíveis no youtube, com arrancadas, dribles e alguns touchdown´s.
Budhia Singh, (hoje com 17 anos), e Rudolph Igram, (atualmente com 7 anos).
A princípio, verificamos grandes diferenças entre o início de carreira de Budhia e Rudolph, como: estrutura e apoio familiar; equipamentos e locais adequados para treinos; apoio e esporte escolar; orientação técnica adequada, etc…
Por aqui, (Fortaleza / Ceará), também temos os nossos projetos e talentos infantis, e não são poucos: Força Falcão de Atletismo; Projeto Dias Macedo; Corrida de São Pivete; Escolinha Pique do Atletismo; Projeto NADAR; Os Voluntários e Semente das Pistas / Juazeiro do Norte / Ceará, etc…
Confiram imagens: Budhia Singh e Rudolph Ingram.
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Parto do princípio que a prática de um esporte de alto rendimento leva com freqüência a um estresse físico e mental extremamente grande durante o treinamento e a competição; em consequência, esse treino de alto nível pode provocar abandonos e/ou crianças com problemas psicológicos. Tais competições desportivas podem estar organizadas a tal ponto (por adultos) que reste pouco ou nenhum lugar para as relações e o desenvolvimento sociais.
Os conteúdos e métodos de treinamento devem ser adequados, planejados e prescritos se respeitando cada fase de desenvolvimento das crianças.
Ótima observação Prof. Alfredo. Crianças, não estão com o corpo formado para suportar uma carga tão grande de exercícios, sabemos que existem exceções, mas está regra vale até mesmo para alguns adultos, que exageram hoje sem jamais terem tido um histórico regular em atividades desportivas.