Madonna Ray Of Light Capa

Quando Madonna chegou aos estúdios de  Los Angeles no verão de 97, pronta para gravar seu 7º álbum de estúdio, ela já tinha passado meses escrevendo e produzindo demos com seu colaborador Patrick Leonard e o compositor Rick Nowels. E produziu um trabalho com William Orbit, Daft Punk e DJ Dimitri.

Todo o esforço geraria Ray Of Light, um dos albuns mais espiritualizadas da Rainha do Pop, que trouxe músicas memoráveis como Frozen, Drowned World e a faixa título, Ray Of Light, relembre essas e outras músicas no novo post da categoria Jurassic Pop

Em 1997, ano de gravação de “Ray Of Light”, Madonna passava por uma época mais espiritual por conta dos estudos da Kabbalah. Na época ela falou em entrevista à MTV, “Eu nunca tive tanta vontade de viver do que estou tendo agora… Eu percebi como sou abençoada. Eu comecei a focar em viver e curtir cada momento.” O humor da cantora estava refletido em sua aparência, com seus longos cabelos naturais e loiros.

Ray Of Light

Madonna tem um histórico de sempre lançar álbuns com singles perfeitos e destruidores. Ray Of Light chegou em Março de 1998, e com certeza os maiores fãs da Rainha ainda devem lembrar quando escutaram pela primeira vez a poderosa “Frozen”.

“You only see what your eyes want to see” (Você somente vê, o que seus olhos veem), cantava uma Madonna vulnerável, quando que suspirando numa sonoridade com influência orientais. Frozen era uma balada que carregada de sentido e emoção, algo que ela não lançava desde “Live To Tell”. Confira…

“Drowned World /Substitute For Love” é a primeira faixa do álbum, começou como uma demo sobre sua procura por algo mais maduro e mais profundo. Com Orbit no estúdio, eles incrementaram a faixa com blips, sons que lembravam estrelas e um sample da música obscura “Why I Follow the Tigers” da banda The San Sebastian Strings.

A primeira voz que escutamos do álbum é de um homem dizendo “You See?” (Vê?), antes mesmo de Madonna começar a cantar com sua voz profunda, mas suave ao mesmo tempo. Drowned World forma o tom do álbum, mostrando que seria mais profundo tanto nas letras como na sonoridade.

Vocalmente falando, Ray Of Light  foi um divisor de águas. Faz 20 anos que foi lançado, e foi nessa época que conseguimos escutar a real voz de Madonna em um álbum. Na surpreendente faixa título, ela quebra suas barreiras, utilizando sua voz de diversas formas.

Sobre a sua potência vocal, ela falou que o filme Evita foi seu grande segredo. “O filme realmente fortaleceu minha voz”, disse ela na época. “Aprendi a cantar de uma maneira que eu nunca fiz antes.” Interessante notar, que apesar de não ter um coro ou back vocals, em “Ray Of Light” somente a voz da cantora consegue eleva a música.

http://www.youtube.com/watch?v=a4tD8dy9Reg

Muita da energia de Ray Of Light vem das músicas dançantes e letras significativas, tudo isso refletia nela mesma. Apelidando o álbum de Veronica Electronica Madonna contou à MTV que ela estava “fazendo música alucinógenas sem usar drogas… é possível se você tiver realmente pessoas livres.”

Já em 1999, o quinto single “Nothing Really Matters” seria lançado (o 4º foi a ótima “Beautiful Stranger”, trilha-sonora do 2º filme do Austin Powers), Madonna chocalhou o seu estilo, aderindo um look asiático, aparecendo como uma gueixa moderna no clipe da canção.

Para o diretor do vídeo, Johan Renck, Madonna queria regrar um pouco mostrando a versão sombria mostrada em “Frozen”, indo contra a clássica Madonna brilhante dos outros clipes de Ray Of Light. O clipe trouxe movimentos esquisitos e uma vibe de terror ultra-moderno.

Ray-Of-Light-Singles

“The Power Of Good-Bye” era considerada Frozen 2.0. Um dos compositores da música, o Rick Nowels falou ao sote Idolator dizendo, “Madonna e eu escrevemos 9 músicas juntos por duas semanas em Abril de 1997. Ela sempre aparecia de 3 horas da tarde e começava de um rabisco qualquer. Ela terminava de 7 horas e terminava a música com uma demonstração com sua voz e os back vocals já gravados.”

“Ela é brilhante com melodias e letras pop,” Nowels continuou. “Eu fui nocauteado pela qualidade da composição. A letra de ‘The Power Of Good-Bye’ é estonteante. Eu amo Madonna como artista e compositora… Ela consegue confessar em uma composição de maneira maravilhosa, assim como uma perfeita compositora de refrão pop. Ela não ganha o crédito como compositora, mas deveria.”

Ray Of Light chegou ao 2º lugar da parada Billboard 200 (o topo foi bloqueado pela arrasadora trilha sonora de Titanic), o álbum ganhou 4 Grammys, incluindo Melhor Álbum Pop. O álbum é o divisor de águas da carreira de Madonna, não só pela aceitação da crítica, como pelas vendas que excederam as vendas dos dois álbuns anteriores.

Em 98, aniversário de 15 anos da carreira, fez com que “Veronica Electronica” fosse um modo de re-conectar a Rainha do Pop à sua verdadeira arte musical. Assim, como ela mesma falou sobre o álbum: “É sobre Admiração!”

Confira algumas fotos promocionais da era Ray Of Light de Madonna:

Fontes: Idolator & Madonna Online.

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Fernando Diego Sioli

Blogueiro de Pop do O POVO; Coordenador de Mídias Sociais; Colecionador de Beyoncé & X-men; Retrogamer; Amante da Diversidade, da Saúde e da Felicidade.

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