Do Uol

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Bob Dylan publicou nesta sexta-feira (13) em seu site oficial uma nota esclarecendo as controvérsias geradas após sua primeira apresentação na China, no começo de abril. “Se houvesse alguma música, versos ou letras censuradas, nunca ninguém me falou sobre isso e tocamos todas as músicas que queríamos”, escreveu o cantor e compositor sobre ter enviado seu setlist para o governo chinês antes das apresentações. Ele também desmentiu as notícias de que oss show estavam vazios, e que a maior parte do público era de expatriados. “Se alguém quiser verificar com as pessoas que foram ao show irá ver que eram na sua maioria jovens chineses que compareceram”. Ele afirma que, dos 13 mil ingressos disponíveis, cerca de 12 mil foram vendidos, e o restante foi doado a orfanatos. “A imprensa chinesa realmente me promoveu como um ícone dos anos 60, e colocou a minha imagem em todo o lugar com Joan Baez, Che Guevara, Jack Kerouac e Allen Ginsberg. Os participantes do show provavelmente não sabiam sobre qualquer dessas pessoas. Independentemente disso, eles responderam com entusiasmo às canções dos meus últimos 4 ou 5 álbuns. Eles eram jovens e minha impressão foi de que não teriam conhecido as minhas canções mais antigas de qualquer maneira”. Segundo a nota de Bob Dylan, nunca houve nenhuma proibição de que ele tocasse na China. Ele acusa um produtor, que tentou trazê-lo para o país após apresentações no Japão e Coreia, de ter inventado a história. “Meu palpite é que ele imprimiu ingressos e fez promessas a determinados grupos sem quaisquer acordos concluídos. Não tínhamos intenção de tocar na China na época, e ele acusou o Ministério chinês de não dar permissão para eu tocar para se livrar da culpa”. Outra produtora foi responsável pelos shows de Dylan na China. Nas apresentações dos dias 6 e 8 de abril em Pequim e Xangai, respectivamente, Bob Dylan deixou de fora do repertório suas músicas de protesto mais famosas, The Times They Are A-changin e Blowin’ In The Wind.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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