Por Camila Holanda (@camilasholanda)

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Dois de dezembro de 2011 caiu numa sexta-feira. Momento mais propício para comemorar o Dia Nacional do Samba. Hoje, as rodas de samba, os terreiros, os quintais, as esquinas e até o rádio do carro no engarrafamento estarão mais agitados que os demais dias do ano.

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Os sambistas são os seres que compõem para nos ajudar a viver sorrindo ou chorando, quando é o caso. Quem nunca se arrepiou ao ouvir Cartola celebrar a poesia de Candeia?  “Deixe-me ir, preciso andar. Vou por aí a procurar. Sorrir para não chorar”. Paulinho da Viola, Velha Guarda da Portela, Nelson Sargento, Nelson Cavaquinho, João Nogueira, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ataulfo Alves, Elton Medeiros e tantos poetas do nosso samba. A cada geração de sambistas, letras e melodias emocionantes.

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Até tentamos arranhar um violão, um tamborim ou um agogô, para sentir-nos parte de algo tão encantador. E fazemos. Perpetuamos a cultura que foi registrada pela primeira vez em 1917. Pelo Brasil é samba de Mauro Almeida e Donga, cantado por Bahiano. Fluiu, a partir daí, a infinidade de gêneros que advêm do estilo musical. A exemplo: samba canção, samba de partido alto, samba-exaltação, samba-enredo, sambalanço, samba de gafieira, samba carnavalesco e pagode.

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A data dois de dezembro não foi escolhida ao acaso. Ela surgiu pela iniciativa de um vereador baiano chamado Luis Monteiro da Costa para homenagear o grande Ary Barroso, quando, em um dois de dezembro ele resolveu de ir à Bahia pela primeira vez, mesmo já tendo composto “Na baixa do sapateiro”, que exaltava o estado.

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O samba está presente no brasileiro. Não importa se é de “raiz”, de enredo ou o pagode. Faz parte da trajetória histórica do País. Aglomera pessoas em alegres rodas, afaga sentimentos doloridos, faz relembrar e faz querer viver. Como diz Paulinho da Viola, “O samba é alegria, falando coisas da gente. Se você anda tristonho, no samba fica contente”.

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Então, brindemos, bebamos e sambemos, para exaltar a alegria de um samba, a gentileza das cordas de um violão, o som de uma cuíca, o gingado de um pandeiro, o acompanhamento de um surdo e a cadência que todos esses instrumentos têm juntos. Assim como os Originais do Samba, “Sem a cadência do samba, eu não posso ficar”.

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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