Por Thiago de Sousa (thiagosousa@opovo.com.br)

Com canções mais românticas, boleros e até mesmo se arriscando no forró, Eduardo Costa mostra elegância e bom gosto em seu novo trabalho lançado pela Sony Music, Pecado de Amor. Com 16 faixas, o disco, segundo o cantor, contém referências pop e gringas, como: Michael Bolton, Richard Marx e Gypsy Kings, e os nacionais Paula Fernandes e Alexandre Pires. Tendo todo respeito com aqueles que formaram o “novo sertanejo”, ele diz que faz o que gosta. “Procuro compor e gravar somente o que eu gosto e acredito. Canto com a alma e o coração”.

A participação especial de Alexandre Pires na música Presente de Aniversário deixa o disco com uma pitada de pagode. Eduardo Costa afirma que procura sempre colocar uma música que vai acrescentar na vida das pessoas. Ele diz ainda que teve a preocupação de trazer a música sertaneja, música romântica, mas como uma musicalidade mais moderna, com uma roupagem mais atual. O DISCOGRAFIA bateu um papo rápido com o artista para falar sobre seu novo trabalho. Acompanhe.

DISCOGRAFIA – O seu CD contém músicas de outros artistas com uma nova roupagem. Você gosta de dar nova voz a outras criações?
Eduardo – Eu não gosto de fazer um trabalho só com músicas minhas, para não ficar muito igual e muito batido. Dou oportunidade a outros compositores. Quando gosto da composição e a música combina com a ideia do disco, faço de tudo para colocá-la no repertório.

DISCOGRAFIA – O disco também tem ótimas composições suas. Como é o seu processo de composição?
Eduardo – Eu gosto de compor, e mais ainda me sinto muito bem dando voz a uma composição minha. Acho que boa parte dos artistas que escrevem, gostam de cantar suas criações. Mas, na verdade, não tenho vaidade de ser compositor.

DISCOGRAFIA – Como foi gravar com o Alexandre Pires?
Eduardo – O Alexandre é meu amigo faz um tempo. Eu fiz um samba que ficou a cara dele, bem diferente. Fiz o convite e ele aceitou na hora. Acho importante ter convidados no disco. O público gosta desse mix de ritmos e estilos. O disco fica com uma musicalidade mais bacana e o trabalho fica diferente.

DISCOGRAFIA – O que você pensa ou espera quando está fazendo um novo trabalho?
Eduardo – Sempre faço um disco com muito carinho, e espero que as músicas virem trilha sonora da vida de cada um. É muito bom ouvir histórias, tipo: Casei com sua música, comecei a namorar no seu show. Isso é sinal que as canções tocaram os corações das pessoas. É isto que eu espero quando faço um novo trabalho.

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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