Foto: Marcos Hermes/ Divulgação

Já está no mundo o 18º álbum do Barão Vermelho, o primeiro com Rodrigo Suricato nos vocais e guitarras. Assumir um papel que já foi de Frejat, e antes de Cazuza, é um ato de coragem que ele defende com vontade. Talentoso, esforçado e com boas referências já são características sabidas do carioca de 40 anos. Ainda assim, pegar pra si a dianteira de uma das mais importantes e longevas bandas brasileiras exige muito mais. Ainda mais quando se sabe que o rock anda em baixa na playlist da juventude.

Talvez por isso, Viva é um álbum que começa feliz, defendendo que eles querem “fazer uma canção pra todo mundo ouvir” e com um refrão “daqueles que a gente não esquece e até parece que já conhece”. O rock mais visceral vai aparecer lá na quarta faixa, Tudo Por Nós 2, com Humberto Barros nos vocais. Lançado após um álbum de autocovers, #Barãoprasempre, Viva mostra a primeira safra autoral do quarteto que se completa ainda pelo baterista Guto Goffi e pelo guitarrista Fernando Magalhães. Alguns momentos são bons, outros nem tanto, e os sinais de cansaço já começam a aparecer. De qualquer forma, vale acompanhar e aguardar esse caldo ferver.

O novo disco tem ainda participações de Letícia Novaes, a Letrux (em Pra não te perder), e do rapper BK (Eu Nunca Estou Só). Viva é o primeiro álbum de inéditas do Barão desde 2004, quando eles lançaram um vigoroso trabalho de rock, que veio depois de um tempo em que Frejat já se dedicava à carreira solo. Nesse álbum vieram boas faixas como Cuidado, A Chave da Porta da Frente e Embriague-se.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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