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Valeska Andrade

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Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

Valeska Andrade

A Fundação Carlos Chagas realizou, em parceria com diversas universidades brasileiras, a pesquisa Consulta sobre a qualidade da educação infantil, que avaliou quase todos os quesitos como inadequados nas escolas públicas. O estudo analisou pontos como motricidade, arte, música, brincadeiras de faz de conta, promoção e aceitação da diversidade, interação com os professores etc. Este último, inclusive, foi o único que se mostrou satisfatório. Os dados foram apontados pelo doutor em Letras, Augusto Batista. O pesquisador acredita que as crianças da rede privada começam a estudar já sabendo de muitas coisas devido aos “eventos de letramento” vivenciados nas famílias. Batista diz que quando os pais leem livros, jornais, e-mails, contam histórias e inserem a criança nesses processos, estimulam a compreensão.

Valeska Andrade

Já no primeiro mês de vida, quando deveriam só mamar no peito, 17,8% das crianças brasileiras provam outros tipos de leite e alimentos. Na avaliação de Rosana De Divitiis, coordenadora da International Baby Food Action Network (Ibfan Brasil), entidade pró-aleitamento, o que faz os pais darem esses alimentos aos bebês é a propaganda maliciosa das empresas. “A indústria não tem como competir com leite materno de forma honesta”, diz. Em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Ibfan faz uma checagem anual para ver se empresas estão cumprindo a lei que restringe a divulgação de leites, fórmulas, alimentos de transição, chupetas e mamadeiras. Na pesquisa deste ano, as entidades acharam 95 irregularidades em produtos de 76 empresas.

Problemas – Os maiores problemas observados são os rótulos dos produtos e a forma como são expostos nos pontos de venda. A legislação obriga os fabricantes a incluir alertas sobre a importância da amamentação e proíbe promoções ou sugestões de semelhança com o leite materno. Nos mercados, esses itens não podem receber destaque.

Valeska Andrade

O número de matrículas na educação básica pública está em queda no Brasil, como comprovam dados preliminares do Censo Escolar 2011 divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2009, o País apresentava um total de 43 milhões de alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio. Hoje, são 41 milhões estudantes. A queda no índice de natalidade do País e a menor taxa de reprovação dos alunos são fatores apontados como preponderantes para que o ensino fundamental (1º ao 9º ano) conviva com o ingresso cada vez menor de alunos. Em todo o território nacional, a quantidade de crianças que ingressaram nessa etapa caiu de 27,6 milhões para 25,8 milhões, o que equivale a uma redução de 6,5%.

Valeska Andrade

O número de pessoas interessadas em adotar é quase cinco vezes superior ao de crianças e adolescentes à espera de uma nova família. O levantamento, realizado em 10 de outubro pelo Cadastro Nacional de Adoção (CNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que há 4,9 mil crianças e adolescentes registrados no CNA e 26.936 pretendentes inscritos. Segundo o órgão, o perfil exigido pelos pretendentes ainda impede muitas adoções. Os interessados apenas em crianças brancas chegam a 36,54% do total. Entretanto, o índice de crianças brancas é de 33,82%. Além disso, 58,95% querem filhos de até 3 anos, apesar de meninos e meninas acima de 4 anos serem a maioria. Outro dado importante é que, entre pretendentes, 22.341 desejam adotar apenas uma criança, enquanto 3.780 delas têm irmãos.

Valeska Andrade

Pais e mães acreditam que seus filhos são menos influenciados por publicidade infantil do que os filhos de amigos e conhecidos. É o que mostra uma pesquisa inédita feita entre fevereiro e março por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB). O levantamento traz informações sobre quase 700 pais e mães, em 19 capitais e no Distrito Federal. Eles tiveram de responder à seguinte pergunta: “quanto a publicidade influencia no que o seu filho consome?”. Numa escala que vai da nota 1 (não influencia) até a nota 10 (influencia totalmente), os pais deram notas entre 5 e 6 para seus filhos, em média. Quando a pergunta se referiu aos filhos de amigos, atribuíram pontuação entre 7 e 8. A pesquisa foi feita como trabalho de conclusão de curso pelo psicólogo Lucas Caldas, que teve bolsa da ANDI – Comunicação e Direitos.

Alerta – Para o coordenador da pesquisa e professor do departamento de psicologia da UnB, Fabio Iglesias, o dado preocupa. “Quanto mais um indivíduo se considera imune, mais risco ele pode estar correndo.” Ele diz que há evidências do chamado efeito da terceira pessoa. “É quando o indivíduo acha que os outros são influenciados, enquanto ele se considera mais crítico”, conclui.

Valeska Andrade

Mais de 4,3 milhões de crianças e adolescentes trabalham atualmente no Brasil. Dedicam-se a tarefas insalubres e degradantes em troca de alguns reais. Além de conviver com esse tipo de ilegalidade, o País tem sido obrigado a tolerar também o trabalho infantil autorizado pelos tribunais. Entre 2005 e 2010, juízes deram permissão para 33.173 cidadãos de 10 a 15 anos trabalharem. “Grande parte foi para setores como construção civil, agricultura, olarias e oficinas mecânicas”, afirma Luiz Henrique Lopes, chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho. A legislação brasileira proíbe o trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendizes e a partir dos 14. A justificativa para a autorização é de que os ganhos ajudarão no sustento da família.